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Construtoras não cumprem projeções em 2021; o que esperar deste ano?

05 jan 2022, 13:12 - atualizado em 05 jan 2022, 13:12
Construção Civil
Deterioração das condições macro desacelera ritmo de lançamentos do setor de construção (Imagem: Pixabay/fridarika)

A deterioração das condições macroeconômicas que vem ocorrendo desde meados de 2021 desacelerou ritmo de lançamentos do setor de construção, afirma a Ágora Investimentos.

A corretora destaca que algumas das empresas do ramo não cumpriram seus guidances esperados de lançamento no ano passado.

Um desses casos é a Eztec (EZTC3), que lançou VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 1,9 bilhão em 2021 — o guidance da companhia era de R$ 2,8 bilhões implícitos para o biênio 2020-2021.

A Tecnisa (TCSA3) lançou R$ 1,1 bilhão, enquanto antes se comprometia com uma faixa entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão em 2021, diz a corretora.

A Tenda (TEND3) fez duas revisões de 2 pontos percentuais para baixo em relação a sua projeção de margem original de 30-32% em 2021, lançando luz sobre uma velocidade de vendas sensível versus um trade-off de margem bruta.

Projeções para 2022

Em relação a 2022, os analistas da Ágora adotaram tons mais cautelosos, com incertezas persistentes sobre se os lançamentos do ano deverão ou não acompanhar o final 2022.

“Como os players se preparam para uma corrida eleitoral cada vez mais acalorada este ano, menos empresas estão dispostas a se comprometer com as previsões de guidance de um ano desta vez”, completam Bruno Mendonça e Wellington Lourenço, analistas responsáveis pelo relatório.

Além disso, a corretora acredita que os esforços das companhias se concentrarão em projetos que já estão prontos para serem lançados, bem como em projetos que tenham um apelo comercial mais confiável diante da baixa confiança dos consumidores.

A Ágora alerta que a implantação de lançamentos exigirá um equilíbrio fino entre a preservação das margens e a mitigação da formação de estoques, que pode tender a se apoiar no lado conservador.

“A evolução do setor para um ambiente macro turbulento obrigará os desenvolvedores a colocarem suas decisões mais ousadas em espera até 2023 e, em vez disso, eles provavelmente atenderão às partes mais confortáveis de seu pipeline, ao mesmo tempo em que, na maioria das vezes, confiam em chamadas de julgamento de nível micro”, afirmam.

A corretora ainda ressalta que as micro considerações levaram Mitre (MTRE3), Trisul (TRIS3) e Gafisa (GFSA3), por exemplo, a cumprir suas estimativas de orientação formal em 2021, com um impulso contínuo e níveis variáveis de sucesso.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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