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Contra a corrente: O otimismo de gestora de ex-BC com a Selic

26 abr 2024, 12:51 - atualizado em 27 abr 2024, 0:01
Copom-Selic
Mas nem todos compraram a ideia de uma Selic acima de 10% (Imagem: Raphael Ribeiro/BCB)

A piora do sentimento dos investidores, como a disparada do dólar e a percepção de que os juros vão ficar mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, fez com que parte do mercado cravasse a Selic, a Taxa Básica de Juros, acima dos 10%.

O Boletim Focus desta semana já trouxe piora das projeções. Foram revisadas para cima as projeções de inflação para este e o próximo ano, além de taxa terminal da Selic e dólar. XP e JPMorgan também elevaram suas projeções de Selic para 10%.

Mas nem todos compraram a ideia de uma Selic acima de dois dígitos. A Rio Bravo Investimentos, gestora do ex-BC Gustavo Franco, tem projeções mais otimistas e considera a Selic encerrando 2024 a 9,75%.

“As variáveis macro seguem a tendência já observada. A atividade está forte no início deste ano, o que deve garantir um crescimento do PIB próximo de 2%. A inflação trouxe surpresa positiva, marcando variação de 3,93% no ano na última divulgação. A inflação de serviços continua acima dos objetivos do BC ao marcar 5,09%”, escrevem Evandro Buccini, sócio e diretor de gestão de crédito e multimercado da Rio Bravo e Luca Mercadante, economista da Rio Bravo.

Mesmo assim, eles dizem que a piora do dólar, do risco fiscal, a abertura da curva e os eventos externos também trouxeram pressão para o BC.

“Apesar da inflação não ter apresentado grandes mudanças de trajetória, com uma lenta desaceleração e certa pressão para as medidas subjacentes, o BC se posiciona frente ao cenário de maior incerteza”, lembra.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa dispara após dados positivos do IPCA, principal índice a medir a inflação, trazendo um certo alívio ao investidor.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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