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Contra tudo concorrendo para baixas, açúcar sobe por washout de usinas indianas, diz analista

14 nov 2022, 15:09 - atualizado em 14 nov 2022, 15:15
Cana-de-açúcar
Safra da Índia vai de vento e popa e vai entregar mais açúcar (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

Tentar entender a valorização semanal do açúcar, frente a dados invertidos de fundamentos, precisa ser buscado no washout das usinas indianas.

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Elas entregaram açúcar para outra trading, com Nova York acima de 19 centavos de dólar por libra-peso, e deram o cano em contratos fixados antes, a cotações menores. Vão pagar uma multa, mas dentro da lei.

A versão equilibrada é do analista Arnaldo Correa, da Archer Consulting, que esclarece ainda: sim, “tecnicamente, o açúcar vai alcançar o mercado internacional de qualquer jeito, mas, enquanto isso, as estruturas de hedge feitas pelas tradings que são partes dessa negociação precisaram ser desfeitas e NY pode ter sido contagiado por isso”.

Se houve reação ao “default” dos indianos, está precificado ainda nesta segunda (14). O dólar internacional cai, o petróleo também, mas o adoçante avança novamente.

Está a mais 0,87%, acima de 19,80 centavos de dólar por libra-peso, às 15h10 (Brasília).

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No mesmo artigo, Correa pontua que a moeda brasileira, ainda por cima, se desvalorizou frente à divisa americana, em pouco mais 5%, e os valores do açúcar em NY, em reais, “apreciaram R$ 147 por tonelada em comparação a semana anterior”. A base de conversão das moedas é o Non-Deliverable Forward (NDF), contrato a termo de moeda com liquidação financeira.

No meio do caminho do açúcar, tirando “alguma coisa inesperada [que] acontece e empurra os preços para a direção oposta àquela que todos esperavam”, o especialista em sucroenergia enumera o que já é sabido.

Recessão econômica global (que não oferece suporte para indústrias carregarem estoques), preços atuais que ajudam a Índia a desovar mais açúcar, incertezas quanto ao futuro dos biocombustíveis no Brasil em relação aos impostos e mais commodity brasileira e indiana em 2023.

Como Maurício Muruci, da Safras & Mercado diz, a Índia já fez hedge de 1 milhão de toneladas contra NY, e deverá fazer de mais 5 milhões/t. Se estão comprando posições, acabam também forçando altas.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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