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Contração de serviços do Brasil se intensifica em abril com produção em mínima de 9 meses, mostra PMI

05 maio 2021, 10:32 - atualizado em 05 maio 2021, 10:32
O PMI de serviços do Brasil caiu para 42,9 em abril, de 44,1 em março, indicando a maior contração da produção desde julho de 2020 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A intensificação da pandemia de Covid-19 no Brasil levou o setor de serviços a se aprofundar mais em território de contração em abril, com a produção em mínima de nove meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI de serviços do Brasil caiu para 42,9 em abril, de 44,1 em março, indicando a maior contração da produção desde julho de 2020, ainda que menos pronunciada do que as perdas vistas no início da pandemia.

As empresas que citaram redução mencionaram, segundo a pesquisa realizada pelo IHS Markit, fechamento de negócios, restrições e aumento nos números de casos de coronavírus, levando o índice ainda mais abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração.

Com a indústria perto de uma estabilização, a contração de serviços levou o PMI Composto sobre a atividade no setor privado a 44,5 em abril, de 45,1 no mês anterior, quarta redução seguida e a contração mais forte desde junho de 2020.[LUN2M700S]

“O declínio mais rápido da atividade no setor de serviços em abril reflete amplamente restrições mais duras para conter o recente surto nos casos de Covid-19. A confiança também piorou em todos os segmentos, com as empresas cada vez mais preocupados com a escalada da pandemia e por quanto tempo terão que enfrentar controles mais duros”, destacou a diretora associada do IHS Markit, Pollyanna De Lima.

A demanda por serviços continuou a piorar em abril, com o quarto mês seguido de queda nos novos negócios e no ritmo mais forte desde meados de 2020.

Assim como na produção, as vendas caíram em todos os cinco subsetores monitorados –em ambos os casos o cenário foi pior em empresas de Serviços ao Consumidor.

A demanda internacional também deteriorou, com os entrevistados citando menos turismo e restrições mais rigorosas contra a Covid-19.

Como resultado de todo esse cenário, as empresas continuaram a cortar vagas no início do segundo trimestre, pelo quinto mês seguido e no ritmo mais forte nesse período.

Foram relatados ainda preços mais altos de alimentos, combustíveis e equipamento de proteção individual, levando os custos de insumos em abril a subir com uma taxa de câmbio desfavorável.

A taxa de inflação foi uma das mais fortes desde o início da coleta de dados, em março de 2007, e as empresas optaram por repassar aos clientes parte desse aumento. A taxa de inflação dos preços de venda ficou acima da média de longo prazo.

A disseminação do coronavírus, que chegou a levar o Brasil ao posto de epicentro da pandemia mundial, também conteve o otimismo das empresas em abril, com o nível de sentimento positivo chegando a uma mínima de dez meses.

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