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Copasa (CSMG3): ‘Não privatização é improvável’, avaliam BTG e Itaú BBA; ação pode valorizar até 24%

24 out 2025, 11:34 - atualizado em 24 out 2025, 11:34
Copasa
Ações da Copasa avançam após aprovação da PEC 24/23, que elimina referendo popular para privatização; preço-alvo dos bancos é de R$46. (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Copasa (CSMG3) entrou no radar do mercado. O BTG Pactual e o Itaú BBA reiteram a recomendação de compra, após o governo de Minas Gerais conquistar o direito de privatizar a companhia sem precisar passar por um referendo popular.

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Segundo relatório do BTG, a empresa já estava a seleção do banco, mesmo que as incertezas em relação à privatização. Mas, agora, com a liberação da Assembleia Legislativa estadual, o cenário de não privatização é improvável.

Com isso, o preço-alvo para 12 meses, segundo o banco, é de R$ 46 por ação. — Isso representa um potencial de valorização de aproximadamente 24%.

Já o BBA destaca que o fim do referendo representa um importante passo para remover um dos principais obstáculos políticos à privatização da empresa.

“Em nossa avaliação, as chances de privatização da Copasa aumentaram de forma expressiva nos últimos meses, com sólido apoio na Câmara e caminho claro para conclusão do processo até o início de 2026”, diz em relatório.

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Na semana passada, o banco elevou a companhia para recomendação de compra e definiu um preço-alvo de R$43,2o até o final de 2026, um potencial de valorização de 16%.

Copasa tem sinal verde para privatização

Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta sexta-feira (24) a PEC 24/23, que retira da Constituição estadual a obrigatoriedade de realizar referendo popular para autorizar a privatização ou federalização da Copasa e de sua subsidiária Copanor.

O governo estadual justifica a medida como parte de uma estratégia para reduzir a dívida de Minas Gerais, um dos estados mais endividados do país. Entre R$ 35 bilhões e R$ 40 bilhões precisam ser repassados à União para garantir juros zero sobre a dívida.

Além disso, o governador Romeu Zema afirma que o estado não dispõe de recursos suficientes para investir na companhia e cumprir as metas de universalização do saneamento.

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Segundo o texto da PEC, os recursos obtidos com a venda de metade da participação do estado na Copasa, estimada em cerca de R$ 7 bilhões, serão destinados ao governo federal como forma de compensação pelos descontos nos juros da dívida.

Consultas populares permanecem em vigor para privatizações de outras estatais, como a distribuidora de gás Gasmig e a empresa de energia Cemig.

Por volta das 11h30, as ações da Copasa avançavam 1,76%, cotadas à R$ 36,97.



Próximos passos

O projeto ainda precisa retornar à Comissão Especial para a elaboração de um novo parecer antes de ser submetido à segunda votação no plenário. É exigido um intervalo mínimo de três dias entre as duas votações, o que indica que a decisão final pode ocorrer já na próxima semana.

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Somente após a aprovação na segunda votação e a promulgação na Câmara é que a emenda passará a integrar a Constituição Estadual.

Concluído o processo de emenda constitucional, a etapa seguinte envolverá a discussão e aprovação do projeto de lei de privatização (PL 4.380/2025), que estabelece o marco legal para a privatização da Copasa.

De acordo com o projeto, que entrou oficialmente no processo legislativo na Câmara no final de setembro, a privatização poderá ocorrer por meio de venda total ou parcial da participação do Estado, ou por aumento de capital com emissão de novas ações.

O texto ainda precisará ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de passar por outras comissões e, por fim, ser levado ao plenário para votação. A aprovação exigirá maioria qualificada, ou seja, pelo menos 60% dos votos.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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