Consumo

Coronavaucher e exterior inflacionam preço do arroz da origem à gôndola

13 maio 2020, 9:08 - atualizado em 13 maio 2020, 9:15
Arroz
Safra de preços mais altos para o arroz gaúcho, tanto na origem quanto no porto (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A colheita de arroz no Rio Grande do Sul, principal originador nacional, está praticamente encerrada (8 milhões de toneladas) e a oferta entrando não sente a pressão de baixa como seria o fundamento normal. O exterior e o ‘coronavaucher’ se encarregam de pressioná-lo para cima nas regiões produtoras e no porto. E já há inflação de demanda para o consumidor.

Em 9 de abril, Money Times noticiou que os preços para os produtores, especialmente na fronteira Oeste gaúcha, giravam entre R$ 51,00 a R$ 57,00 a saca, com alta acima de R$ 5,00 sobre a semana anterior.

Atualmente, o consultor Vlamir Brandalizze observa valores de R$ 58,00 a R$ 62,00, com a mesma variação de alta sobre a semana passada, e uma demanda firme no Porto de Rio Grande em torno dos R$ 65/66,00.

Com mais reais sendo trocados pelo dólar, consolidado acima de R$ 5,50 há vários dias, o interesse do vendedor é exportar e do importador comprar mais o arroz barato. Além disso o Brasil intensificou sua posição de player neste mercado desde 2019 (114 destinos, 1,4 milhão de toneladas base casca, entre os 10 maiores fora os asiáticos).

A procura nos dois lados aquece o atacado. O analista da Brandalizze Consulting nota desde ontem a tentativa de as indústrias valorizarem mais o fardo, com algumas marcas chegando a R$ 100,00. Nas prateleiras dos supermercados o arroz não cessa de subir desde começo de abril.

No mês passado os embarques ficaram em mais 76% sobre março e mais 14% sobre abril/2019. E no primeiro bimestre do ano-safra 19/20 as exportações superaram 230 mil/t.

A procura nos dois lados aquece o atacado. O analista da Brandalizze Consulting nota desde ontem a tentativa de as indústrias valorizarem mais o fardo, com algumas marcas chegando a R$ 100,00. Nas prateleiras dos supermercados o arroz não cessa de subir desde começo de abril.

Mas não tão barato mais, em termos relativos, com o repasse.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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