Consumo

Com sobra de tempo e medo pelo emprego, povo come mais em casa e puxa o arroz e feijão

09 abr 2020, 16:20 - atualizado em 09 abr 2020, 16:21
Arroz
Arroz gaúcho começa a chegar no mercado e tem pressão positiva de alta (Imagem REUTERS/Paulo Whitaker)

O afastamento da maior parte dos brasileiros das ruas, mais o temor em relação ao emprego, tem dado suporte para que o consumo de determinados itens da cesta básica absorva a queda nos restaurantes e bares fechados. Do trivial brasileiro, o arroz e feijão vão bem com o povo comendo mais para passar o tempo.

O arroz em plena colheita acelerada no Rio Grande do Sul – dono da maior parte da produção nacional, 7 a 7,5 milhões de toneladas nesta safra -, começa a entrar em leve pressão de alta.

“A reposição das últimas compras para os períodos de isolamentos começou pela população, mesmo na quaresma”, analisa Vlamir Brandalizze, consultor.

Os preços para o produtor gaúcho variam de R$ 51,00 a R$ 57,00, leque amplo pela grande variedade de qualidade de rendimento que está chegando nos armazéns.

Já o feijão de segunda safra recém foi plantado no Paraná, grande produtor nacional, e o do Mato Grosso começa ser plantado no segundo semestre, de modo que há um buraco na oferta agora ante consumo firme nos lares.

O carioca de 8,5 a 9 de pontuação varia de R$ 320,00 a R$ 360,00 a saca, de acordo com o proprietário da Brandalizze Consulting. O tipo caupi, no Nordeste, bate em R$ 250,00.

Para o analista, “os preços devem estimular os produtores do Mato Grosso a plantarem mais no segundo semestre”, complementa o analista de analista de Curitiba.

Feijão preço também segue positivo, com preços chegando a R$ 250,00, no pico, para produto de qualidade e região de menor oferta disponível.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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