Economia

Coronavírus: as grandes empresas estão ficando maiores, e as pequenas, menores

16 mar 2021, 12:25 - atualizado em 16 mar 2021, 12:25
Fábrica Manufatura Indústria Coronavírus
Efeito colateral: Covid-19 pode elevar em 4 pontos a fatia de mercado das empresas líderes de cada setor, diz FMI (Imagem: Reuters/Rebecca Cook)

Os milhões de desempregados, a perda de renda e as quedas do PIB são os impactos mais visíveis e imediatos da pandemia de coronavírus na economia mundial. Mas outro efeito começa a preocupar os economistas: a concentração de mercado, decorrente da falência de milhares de pequenas e médias empresas.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta segunda-feira (15), um estudo sobre o assunto, com dados que mostram que, desde a eclosão da Covid-19, as grandes empresas estão ficando maiores, e as pequenas, menores.

“A crise em curso resultará numa onda de falências que atingirá com mais força as pequenas e médias empresas, particularmente nos setores mais afetados”, afirma o documento. “As análises sugerem que as falências motivadas pela pandemia levarão ao aumento da concentração de mercado e do poder de dirigi-lo”, completa.

O FMI analisou a concentração de mercado de diversos setores em 61 países, antes da pandemia. Na média, as quatro maiores empresas desses setores detinham, em conjunto, 56% de seus respectivos mercados. Quando a pandemia acabar, essa fatia terá subido para 60%.

Perda de dinamismo

Os autores do estudo alertam, ainda, que fusões e aquisições conduzidas pelas empresas líderes de cada setor tendem a gerar menos benefícios, do que quando os acordos são fechados entre empresas de pequeno e médio portes.

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O ritmo de crescimento das vendas, por exemplo, desacelera 7 pontos percentuais, após uma grande empresa comprar uma rival menor. Já os investimentos em pesquisa e desenvolvimento caem entre 3% e 4%.

“Preocupantemente, nossa análise mostra que M&As conduzidas pelas empresas líderes contribuem para o declínio do dinamismo da indústria em geral”, afirmam os economistas do FMI.

Veja o estudo publicado pelo FMI (em inglês).

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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