Recessão

Coronavírus coloca economia da Alemanha em “alerta vermelho”

17 mar 2020, 10:01 - atualizado em 17 mar 2020, 10:01
Bandeira da Alemanha
A pesquisa mensal do instituto ZEW mostrou que o sentimento econômico entre os investidores despencou para -49,5, ante 8,7 em fevereiro (Imagem: Pixabay)

O clima entre os investidores alemães caiu em março para níveis vistos pela última vez no início da crise financeira mundial em 2008, devido ao alarme em relação ao impacto do coronavírus sobre a maior economia da Europa, mostrou uma pesquisa nesta terça-feira.

A pesquisa mensal do instituto ZEW mostrou que o sentimento econômico entre os investidores despencou para -49,5, ante 8,7 em fevereiro. Essa foi a maior queda desde o início da pesquisa em 1991. Os economistas esperavam um recuo para -26,4.

“A economia está em alerta vermelho”, disse o presidente da ZEW, Achim Wambach, em comunicado, acrescentando que especialistas em finanças esperam que a economia encolha no primeiro trimestre, com uma contração também muito provável no segundo trimestre.

Um indicador separado que mede a avaliação dos investidores sobre as condições atuais da economia diminuiu de -15,7 para -43,1. Analistas previam uma leitura de -30,0.

Para 2020 como um todo, a maioria dos investidores atualmente espera um declínio no crescimento real do PIB alemão de cerca de 1%, como resultado da pandemia, disse Wambach.

A disseminação do coronavírus acabou com as esperanças de um aumento no crescimento no primeiro trimestre, depois de sólida alta nas vendas no varejo e salto na produção industrial da Alemanha em janeiro.

Alemanha Mercados Europa
Para 2020 como um todo, a maioria dos investidores atualmente espera um declínio no crescimento real do PIB alemão de cerca de 1% (Imagem: Reuters/Ralph Orlowski)

Mas com o coronavírus infectando um número crescente de pessoas e levando a medidas sem precedentes para diminuir sua disseminação, autoridades disseram que o governo agora espera que o Produto Interno Bruto do país encolha este ano, o que seria a primeira contração desde a crise financeira mundial em 2009.

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