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Corpo são, mente sã (e contas em dia!)

09 ago 2022, 9:54 - atualizado em 09 ago 2022, 9:54
Saúde mental
O colunista Antonio Salvador fala sobre a relação entre as empresas e a saúde física, mental e financeira dos colaboradores (Imagem: Anthony Tran/Unsplash)

Quando falamos em bem-estar organizacional, logo nos vem à cabeça a ideia de ambiente saudável, ético, transparente e que valorize as diferenças das pessoas.

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Hoje, mais do que nunca, espera-se das empresas a construção e efetivação de políticas organizacionais direcionadas a saúde dos colaboradores e, quando falo em saúde, estou falando de saúde física, mental e financeira.

Há pouco tempo, quando falávamos em saúde dos colaboradores estávamos mais focados em algo físico, mas com a pandemia da COVID-19, isso tudo mudou. E posso dizer que felizmente mudou para melhor, pelo menos olhando por este ângulo, principalmente porque se tornou algo básico e primordial que as organizações ofereçam um ambiente saudável para os seus colaboradores, priorizando o bem-estar como um todo.

Para isso, é preciso contar com serviços e políticas bem alinhadas e definidas, além de profissionais – C-Levels, gestores e profissionais de RH – determinados a fazer o bem para os diversos públicos, oferecendo um ambiente que preze a saúde coletiva.

Apesar de estarmos caminhando para um cenário mais harmônico, infelizmente os passos de aplicação de políticas sólidas ainda são lentos e não são suficientes para produzir mudanças estruturais de longo prazo.

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Uma pesquisa da Mercer aponta que oito a cada 10 trabalhadores estão com sintomas de burnout, e o trabalho remoto aumentou a ansiedade, e apenas quatro em 10 empresas estão atuando nessas três frentes. Isso é muito preocupante.

As empresas precisam entender de uma vez por todas que possuem um papel fundamental para a melhoria e manutenção do bem-estar de seus colaboradores e, consequentemente, da sociedade.

Salário no fim do mês e benefícios básicos, como vale-refeição e vale-transporte, por exemplo, já não garantem a permanência de ninguém em uma empresa, como apontado pela pesquisa que demonstra que ter um ambiente saudável faz com que os trabalhadores permaneçam quatro vezes mais que a média e sejam quatro vezes mais satisfeitos que a média.

A garantia de um espaço harmônico, ético, transparente, com políticas e incentivos ligados à área da saúde – física, mental e financeira – para os colaboradores, se tornou obrigatória para a permanência desses profissionais e até mesmo para o crescimento de qualquer negócio, gerada a partir de uma boa imagem perante a opinião pública. Se os C-Levels, gestores e líderes de RH fecharem os olhos para questões como essas, não há como manter uma empresa em pé.

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Por isso, atenção!

Para buscar um ambiente mais saudável, vocês – líderes, gestores e profissionais de RH – podem:

  1. Ambiente saudável começa com um ambiente onde as pessoas podem falar o que pensam, e assim preservar sua saúde mental, 7 em 10 talentos hoje escolhem empresas onde podem ser eles mesmos.
  2. Os talentos esperam que as empresa os ajudem a cuidar mais de sua saúde física, mental e financeira. Você não precisa prover tudo, mas criar estímulos, provendo educação e informação para que as pessoas cuidem mais de sua saúde, e consiga administrar seus recursos financeiros.
  3. O ambiente saudável começa com o exemplo, principalmente da liderança. Ter líderes que realmente sabem tirar férias (e não ficam enviando notas cobrando pendências) e cuidar de sua saúde, faz uma grande diferença.

Antonio Salvador é diretor-executivo da Mercer Brasil

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Diretor de Capital Humano da Mercer
Antonio Salvador é Diretor de Capital Humano da Mercer no Brasil, foi executivo de RH com passagens por HP, PwC e como vice-presidente de RH e Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar, onde atuou também como Chief Digital Officer. É conselheiro de empresas, investidor anjo, mentor de startups e co-autor do livro Transformação Digital, uma jornada muito além da tecnologia.
antonio.salvador@moneytimes.com.br
Antonio Salvador é Diretor de Capital Humano da Mercer no Brasil, foi executivo de RH com passagens por HP, PwC e como vice-presidente de RH e Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar, onde atuou também como Chief Digital Officer. É conselheiro de empresas, investidor anjo, mentor de startups e co-autor do livro Transformação Digital, uma jornada muito além da tecnologia.