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Corretoras cripto FTX e BitMEX querem se tornar neutras em carbono

The Block
21 maio 2021, 11:51 - atualizado em 21 maio 2021, 11:51
Segundo um estudo da Chainalysis, 74% do consumo energético aplicado a esse processo vem de fontes renováveis ou de locais com energia excedente (Imagem: Unsplash/marcinjozwiak)

As corretoras de criptomoedas FTX e BitMEX se comprometeram em se tornarem neutras em carbono por meio de doações.

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Sam Bankman-Fried (ou SBF), CEO da FTX, fez os cálculos de quanta “eletricidade suja” o bitcoin (BTC), ether (ETH) e outras criptomoedas que utilizam o algoritmo proof-of-work (PoW), ou seja, que passam pelo processo de mineração, consomem.

O cálculo considerou diversos fatores, incluindo custos de mineração e eletricidade. Com base em seus cálculos, SBF chegou a uma proporção de US$ 0,0026 para cada US$ 1, isto é, para cada US$ 1 gasto na mineração de uma moeda PoW, US$ 0,0026 de carbono é emitido.

Para este fim, FTX decidiu que iria doar US$ 0,0026 para cada US$ 1 que seus clientes pagarem em taxas de blockchain ou de gás (para a transmissão de transações à rede, no caso da Ethereum) pra se tornar neutra em carbono.

A FTX estima que irá pagar quase US$ 60 milhões em taxas de blockchain este ano, o que resultaria em US$ 150 mil de custos de compensação de carbono.

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Porém, dada a incerteza dos cálculos, a corretora decidiu cobrir todas as bases ao doar US$ 1 milhão este ano a organizações de compensação de carbono, incluindo a Cool Earth.

Usando o mesmo cálculo, a BitMEX afirmou que também irá doar “pelo menos US$ 0,0026 para cada U$ 1 em taxas de blockchain que nossos clientes pagarem”. A corretora não forneceu estimativas referentes ao total que será doado.

O impacto ambiental do bitcoin

Recentemente, as preocupações sobre o impacto ambiental da criptomoeda voltaram ao debate quando Elon Musk, CEO da Tesla (TSLA; TSLA34) afirmou que sua empresa não iria mais aceitar bitcoin, citando o “grande custo ao meio ambiente”.

Porém, é extremamente desafiador medir o impacto de carbono do bitcoin por conta de sua natureza descentralizada. Também é difícil quantificar quanto da energia que a rede usa vem de energias renováveis.

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Se as autoridades energéticas em diferentes países pudessem identificar quantas fazendas de mineração de bitcoin existem em suas regiões, quanta energia consomem e que tipo de energia utilizam, isso, teoricamente, poderia medir a pegada de carbono, mas não é uma tarefa fácil.

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theblock@moneytimes.com.br