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‘Cosan (CSAN3) está correndo contra o relógio’, diz BTG: Ações recuam após novo prejuízo no 1T25

16 maio 2025, 11:19 - atualizado em 16 maio 2025, 17:49
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(Imagem: Cosan/Divulgação)

As ações da Cosan (CSAN3) reagem negativamente à divulgação dos resultados no primeiro trimestre de 2025 (1T25). A companhia voltou a reportar prejuízo bilionário e encerrou as negociações nesta sexta-feira (16) com queda de 1,94%, a R$ 7,57, entre as maiores quedas do Ibovespa. 



Segundo o BTG Pactual, a empresa está “correndo contra o relógio”, com uma dívida anual estimada em R$ 3,5 bilhões, uma entrada de dividendos em cerca de R$ 2,5 bilhões e despesas gerais e administrativas em R$ 400 milhões por ano.

Para os analistas, a queda das ações reflete a sensação de que a Cosan precisa equilibrar o custo da dívida com o caixa das subsidiárias, caso contrário, o passivo continuará a se acumular e pressionará ainda mais o valor do patrimônio líquido.

Mesmo diante do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no 1T25, o banco ainda acredita que a ação está descontada, 39% abaixo do seu valor real. Isso porque o BTG recomenda compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 23,00.

No entanto, os analistas ressaltam que adquirir as ações da empresa exige confiança na capacidade da administração de encontrar opções para vender ativos, participações em outras companhias e melhorar o desempenho das subsidiárias mais problemáticas.

“Nossa compra continua na esperança de que o recente senso de urgência prevaleça na agilidade para lidar com essas questões, da mesma forma que a administração experiente da Cosan demonstrou ao longo dos anos”, diz o BTG.

Resultado da Cosan (CSAN3)

A Cosan reportou prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão no primeiro trimestre de 2025, frente a um resultado negativo de R$ 192 milhões no mesmo período de 2024. 

O Ebitda ajustado foi de R$ 5 bilhões, 30,6% menor do que os R$ 7,2 bilhões do ano anterior. Já a receita operacional líquida foi de R$ 9,663 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo período em 2024.

Os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) recebidos pela companhia somaram R$ 1,5 bilhão no trimestre, frente a R$ 900 milhões um ano antes, uma alta de 66,7%. 

Já a dívida líquida terminou o trimestre em R$ 17,5 bilhões, ante R$ 23,5 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 25,5%.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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