Economia

CPI: Às vésperas da divulgação, este fator pode colocar juros dos EUA na corda bamba; confira

09 abr 2024, 15:27 - atualizado em 10 abr 2024, 10:16
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Preço do petróleo é fator que pode influenciar dados do CPI, dizem especialistas (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

Nesta quarta-feira (10), o Departamento do Trabalho americano divulgará o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). O mercado estará atento aos dados divulgados, que deverão lançar luz ao futuro das taxas de juros nos Estados Unidos (EUA), com as atenções voltadas para os preços elevados do petróleo.

O petróleo Brent foi negociado acima de US$ 91 por barril recentemente, com alta semelhante para o West Texas Intermediate (WTI), superando US$ 86 por barril. A commodity foi influenciada por conflitos geopolíticos.

O mercado tem uma expectativa de aumento em 0,3% tanto para o índice geral do CPI quanto para o núcleo, que exclui elementos mais voláteis, como alimentos e combustíveis, o que representaria uma queda em relação ao dado anterior de 0,4%.

Para o acumulado de 12 meses, a projeção para o núcleo de fevereiro é que ele passe de 3,8% para 3,7%. Enquanto isso, o índice geral pode apresentar alta para 3,4%, ante 3,2% em fevereiro.

CME FedWatch Tool, ferramenta que analisa as probabilidades de cortes nas taxas de juros, apresenta junho como a data favorita, com 57,6% de chance de redução.

Economistas ao redor do mundo fazem suas apostas para o CPI

Economistas do Bank of America (BofA) esperam que, na variação mensal, o núcleo do CPI apresente uma redução em direção a 0,2%, devido a um leve declínio em preços de bens e à menor pressão sobre os serviços básicos.

Segundo eles, o mercado observa de perto “bens e abrigos” para uma leitura da trajetória futura da inflação. E complementam: “embora os preços mais elevados do petróleo exerçam pressão ascendente sobre a inflação, o aumento registrado até a data terá pouco efeito sobre o núcleo do CPI”.

“Ainda que os preços mais elevados do petróleo possam conduzir a expectativas de inflação mais elevadas, os níveis atuais estão bem consistentes com o objetivo de 2% do Federal Reserve (Fed)”, finalizam.

Para Thomas Monteiro, estrategista-chefe do Investing.com, o destaque vai para a escalada das commodities no último mês, tornando a divulgação do CPI mais sensível. Ele afirma que isso eleva o risco do aumento de pressões externas sobre o Fed para manter a taxa de juros elevada por mais tempo.

“No entanto, do ponto de vista do Fed, acredita-se que uma surpresa no CPI não deva forçar uma mudança imediata de planos — precisamente devido à disparidade citada acima”, afirma Monteiro.

Ele ainda afirma que os investidores não devem se deixar levar pela possível volatilidade após a divulgação do indicador, “uma vez que uma reversão completa da tendência do mercado ainda é improvável, embora uma queda de curto prazo seja o resultado mais provável”.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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