CPI: Inflação dos EUA sobe 0,3% em setembro e vai a 3% em um ano
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (EUA) subiu 0,3% em setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (24). A inflação norte-americana acumula alta de 3% em 12 meses.
A gasolina subiu 4,1% e foi o principal fator de alta do índice — o grupo de energia subiu 1,5%. Os alimentos avançaram 0,2% em relação ao mês anterior, com os alimentos consumidos em casa subindo 0,3% e aquele consumidos fora de casa aumentando 0,1%.
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% no mês passado e foi a 3% em um ano.
O mercado esperava alta mensal de 0,4% e anual de 3,1% do índice, segundo a mediana das projeções coletadas pela Broadcast. Já para o núcleo eram projetados aumentos de 0,3% e 3,1%, respectivamente.
No mês de agosto, o CPI subiu 0,4% no mês e 2,9% em um ano. Já o núcleo avançou 0,3% e 3,1%.
EUA em shutdown
O CPI é o primeiro dado relevante divulgado desde o início do shutdown do governo norte-americano, que já dura 24 dias. A coleta dos dados de inflação de setembro foi concluída antes da paralisação.
O país iniciou o shutdown após os democratas bloquearam a legislação de gastos no Congresso controlado pelos republicanos, afirmando que qualquer pacote de financiamento também deve expandir os subsídios de saúde da era da pandemia da Covid.
Os republicanos, por outro lado, dizem que essa questão deve ser tratada separadamente.
No início desta semana, na segunda-feira (20), o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse em entrevista à CNBC que a paralisação provavelmente terminaria esta semana.
Hassett afirmou que seus “amigos no Senado” acreditam que seria “ruim para os democratas abrir o governo antes dos protestos ‘No Kings’ e que agora há uma chance de que esta semana as coisas se acertem”.
Manifestantes de todas as faixas etárias saíram às ruas para as manifestações “No Kings” em todos os Estados Unidos no sábado, denunciando o que consideram tendências autoritárias e corrupção desenfreada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Com o fim dos protestos, Hassett disse que, se a paralisação não terminar, a Casa Branca avaliará medidas adicionais de corte de custos.