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Crédito imobiliário: Escolha do banco representa economia de até R$ 16,2 mil; compare as taxas

20 jul 2022, 13:09 - atualizado em 20 jul 2022, 13:09
Crédito imobiliário
Caixa apresenta melhores condições para imóveis de até R$ 300 mil (Imagem: Pixabay/ leemelina08)

O mercado de crédito prevê pelo menos mais um aumento nas taxas de juros do financiamento imobiliário neste ano, conta Priscilla Basso, coordenadora de crédito imobiliário da plataforma Melhortaxa.

A última alta aconteceu em maio, quando o Itaú (ITUB4) elevou os juros do financiamento imobiliário de 9,1% para 9,5% ao ano. Agora, o Bradesco (BBDC4), que possui taxa de 9,5%, deve ser o próximo banco a aumentar os juros, diz Basso.

No momento, a diferença das condições de crédito imobiliário entre as principais instituições bancárias do País pode representar uma economia de até R$ 16,2 mil para quem financiar um imóvel de R$ 300 mil em 30 anos, com entrada mínima de 20%, mostra simulação feita pela Melhortaxa a pedido do Money Times.

Segundo a simulação da plataforma, a Caixa Econômica Federal apresentou o menor valor total, com R$ 583,4 mil. O montante, porém, representa um acréscimo de R$ 283,4 mil em juros sobre o preço do imóvel. “A Caixa ainda não elevou sua taxa de juros, pois foi o último banco a fazer alterações”, conta Basso sobre o instituição com as melhores condições.

O Itaú, por sua vez, apresentou o maior custo total, R$ 599,7 mil. Além disso, para realizar o financiamento de uma casa de R$ 300 mil, o interessado deve ter renda mensal de R$ 8,4 mil, em média.

Confira a simulação de financiamento de um imóvel de R$ 300 mil

Banco Valor do Imóvel Valor Financiado Prazo em meses CET 1ª Parcela Última parcela Total
Bradesco R$ 300 mil R$ 240 mil 360 10,29% R$ 2.564,55 R$ 714,15 R$ 597.360,54
Santander R$ 300 mil R$ 240 mil 360 10,21% R$ 2.567,48 R$ 711,72 R$ 590.256,67
Itaú R$ 300 mil R$ 240 mil 360 10,13% R$ 2,554,87 R$ 714,43 R$ 599.716,21
Caixa R$ 300 mil R$ 240 mil 360 9,72% R$ 2.472,02 R$ 720,91 R$ 583.440,49
Banco do Brasil R$ 300 mil R$ 240 mil 360 9,88% R$ 2.503,23 R$ 721,69 R$ 589.215,52
Fonte: Melhortaxa

 

Financiar está mais difícil por conta da alta dos juros

O encarecimento do crédito imobiliário ocorre na esteira do aumento da taxa básica de juros (Selic), que passou de 2% ao ano em março de 2021 para os atuais 13,25%, com previsão de encerrar 2022 em 13,75%.

Em menor escala, a taxa média de juros do financiamento imobiliário acompanhou o ciclo de alta da Selic, partindo de 6,9%, em março do ano passado, para os atuais 9,2%, aponta levantamento da Melhortaxa.

Para a coordenadora de crédito da plataforma, o aumento médio de 2,3 pontos percentuais nos juros do financiamento pesou para as famílias que querem financiar um imóvel, sobretudo para aquelas com renda mensal de até R$ 10 mil.

“Se formos comparar com alguém que realizou o financiamento [com a taxa a 6,9%], hoje está muito mais difícil”, explica.

Veja a evolução das taxas de juros

Crédito imobiliário
Fonte: Melhortaxa

“Nem sempre a menor taxa de juros é a melhor opção em crédito”, diz Basso

Além da dificuldade em conseguir financiamento, o interessado no crédito imobiliário deve ficar atento ao custo efetivo total (CET) da operação, que engloba tanto a taxa de juros do banco quanto os seguros necessários para financiar um imóvel – o Morte e Invalidez Permanente (MIP) e o Danos Físicos ao Imóvel (DFI).

“Muitas vezes, a família se ilude com a taxa de juros, mas quando analisa o custo efetivo total percebe que o financiamento ficou muito mais caro”, diz Priscilla Basso. “Nem sempre a menor taxa de juros é a melhor opção em crédito”, completa.

A coordenadora de crédito conta também que o valor da residência e a idade do proponente do financiamento são as variáveis que influenciam no valor dos seguros e, consequentemente, no CET.

No entanto, não há uma regra geral e cada instituição bancária funciona com suas próprias normas. “No Bradesco, por exemplo, quanto mais velho o proponente menor o custo. No Itaú, por outro lado, fica mais caro”, esclarece Basso.

Por conta das diferenças entre cada banco é recomendável que o interessado em financiar um imóvel pesquise sobre o CET de cada instituição financeira e, se possível, realize simulações sobre a residência pretendida.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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