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Criminosos conseguem acesso a nomes e dados de clientes da Coinbase e chegaram a pedir US$ 20 milhões; funcionários foram demitidos, diz corretora

15 maio 2025, 11:05 - atualizado em 15 maio 2025, 11:05
Coinbase Internacional Exchange
(Imagem: Twitter/Coinbase)

A Coinbase (COIN), maior corretora de criptomoedas (exchange) dos Estados Unidos, comunicou ao mercado que criminosos conseguiram acesso a dados sensíveis dos clientes, como nomes, endereços, telefones e e-mails. 

No entanto, a corretora informou que as credenciais de login e chaves privadas permanecem seguras. 

“Criminosos tiveram como alvo nossos agentes de suporte ao cliente no exterior. Eles usaram ofertas em dinheiro para convencer um pequeno grupo de pessoas internas a copiar dados em nossas ferramentas de suporte ao cliente de menos de 1% dos usuários mensais de transação da Coinbase”, diz o comunicado da corretora.

De acordo com a Coinbase, o objetivo dos criminosos era reunir uma lista de clientes se passando pela corretora, enganando as pessoas para que entregassem suas criptomoedas.

“Eles então tentaram extorquir a Coinbase em US$ 20 milhões para encobrir isso. Nós dissemos não”, diz a nota. 

Veja:

O que eles conseguiram:

  • Nome, endereço, telefone e e-mail;
  • Número de Seguro Social mascarado (apenas os 4 últimos dígitos);
  • Números de contas bancárias mascarados e alguns identificadores de contas bancárias;
  • Imagens de documentos de identificação governamentais (por exemplo, carteira de motorista, passaporte);
  • Dados da conta (prints de saldo e histórico de transações);
  • Dados corporativos limitados (incluindo documentos, material de treinamento e comunicações disponíveis para agentes de suporte).

O que eles não conseguiram:

  • Credenciais de login ou códigos 2FA;
  • Chaves privadas;
  • Qualquer capacidade de mover ou acessar fundos de clientes;
  • Acesso a contas Coinbase Prime;
  • Acesso a quaisquer carteiras (quentes ou frias)da Coinbase ou de clientes da Coinbase.

Reação da Coinbase ao ataque hacker

Com isso, a corretora tomou algumas medidas para mitigar potenciais danos. 

A Coinbase informou que, ao invés de pagar US$ 20 milhões diretamente aos criminosos, criou um fundo de recompensa do mesmo valor por informações que levem à prisão e condenação dos invasores.

“Envie um e-mail para security@coinbase.com se tiver informações sobre esses criminosos”, escreve o comunicado.

Em seguida, exchange acionou parceiros da indústria para marcar e rastrear endereços dos invasores, além de comunicar o ocorrido às autoridades dos EUA. 

No comunicado, a Coinbase afirma que “pessoas internas foram demitidas imediatamente e encaminhadas às autoridades policiais dos EUA e internacionais” e que a corretora apresentaria “acusações criminais”, o que significa que a falha de segurança pode ter sido de dentro da empresa.

Por fim, a Coinbase orienta seus clientes a atualizar senhas, estabelecer a autenticação em dois fatores e não atender chamadas suspeitas em nome da corretora.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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