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Crise energética na Europa eleva conta para 500 bilhões de euros

21 set 2022, 10:03 - atualizado em 21 set 2022, 10:03
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Ministros da UE negociam um plano de emergência para transferir os ganhos extras de empresas de energia para famílias e empresas vulneráveis (Imagem: Unsplash/Ibrahim Boran)

Em meio às medidas dos governos para reduzir o impacto dos altos preços da energia, a conta da Europa com a crise se aproxima de 500 bilhões de euros (US$ 496 bilhões), de acordo com o think-tank Bruegel.

Os 27 estados membros da União Europeia destinaram até agora 314 bilhões de euros para amortecer o efeito da crise de energia sobre consumidores e empresas, enquanto o Reino Unido programou gastos de 178 bilhões de euros, segundo estimativas atualizadas do Bruegel nesta quarta-feira.

A crescente carga fiscal – as despesas da UE respondem por 1,7% do PIB do bloco – coincide com a batalha de países europeus contra a inflação acelerada e o cenário econômico sombrio.

Ministros da UE negociam um plano de emergência para transferir os ganhos extras de empresas de energia para famílias e empresas vulneráveis.

O acordo, previsto para ser fechado em 30 de setembro, também inclui um teto para o preço da energia e uma meta para reduzir a demanda por eletricidade, uma resposta à redução da oferta de gás russo para a região.

“Inicialmente concebidas como uma resposta temporária ao que deveria ser um problema temporário, essas medidas aumentaram e se tornaram estruturais”, disse Simone Tagliapietra, pesquisador do Bruegel, sediado em Bruxelas. “Esse número deve aumentar à medida que os preços da energia permaneçam elevados. Isso claramente não é sustentável do ponto de vista das contas públicas.”

Embora as estimativas do Bruegel incluam ações como imposto de valor agregado mais baixo sobre a eletricidade, subsídios para aquecimento e medidas para manter algumas empresas de energia à tona, estas não refletem totalmente a escala de suporte de liquidez em toda a Europa.

Na Alemanha, o governo decidiu nacionalizar a Uniper, um plano que envolve a injeção de 8 bilhões de euros (US$ 8 bilhões) na empresa e a compra da participação majoritária da concessionária finlandesa Fortum.

Os custos crescentes da crise energética ameaçam aprofundar as divergências econômicas entre os estados membros da UE, de acordo com Tagliapietra.

“Esse nível de intervenção também implica um risco de fragmentação em toda a Europa: governos com mais espaço fiscal inevitavelmente administrarão melhor a crise de energia, disputando com vantagens os recursos energéticos limitados nos meses de inverno com seus vizinhos”, disse o pesquisador. “Portanto, é importante elaborar políticas que possam garantir a sustentabilidade fiscal e coordená-las – principalmente entre os países da UE.”

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