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Crypto.com passa por problemas de saques nesta segunda-feira

14 nov 2022, 18:46 - atualizado em 15 nov 2022, 12:50
Crypto.com
(Imagem: Crypto Times)

A Crypto.com, corretora de criptomoedas que patrocina a Copa do Mundo 2022, passou por problemas de saque na tarde desta segunda-feira (14) e bloqueou os saques de três criptomoedas no dia anterior: GALA, Serum (SRM) and Raydium (RAY).

O anúncio sobre o problema de saques foi feito no grupo do Telegram oficial da corretora por volta da 13h, e não consta no site oficial:

“Investigando – No momento, estamos enfrentando atrasos nas retiradas de criptomoedas devido ao tráfego de rede. No momento, estamos monitorando esse problema. [Nov 14, 2022 – 23:46 HKT]”

Após a mensagem, a corretora atualizou os usuários ainda pelo Telegram que o problema já havia sido resolvido.

Crypto.com sob suspeita

Changpeng “CZ” Zhao, colocou a corretora rival sob suspeita após um erro de envio vir a tona. Trata-se de uma movimentação de 320 mil ethers para a corretora Gate.io, que foi devolvidos dias mais tarde.

Na mesma publicação, o CEO da Crypto.com, Kris Marszalek, respondeu dizendo que hvia sido apenas um engano.

“Era para ser uma mudança para um novo endereço de armazenamento offline, mas foi enviado para um endereço de troca externo dentro da lista de permissões. Trabalhamos com a equipe Gate e os fundos foram posteriormente devolvidos. Novos processos e recursos foram implementados para evitar que isso ocorra novamente”, disse.

Mesmo assim, o CEO da Binance disse que era para “ficar longe” da rival.

“Se uma exchange precisar mover grandes quantidades de criptomoedas antes ou depois de demonstrar seus endereços de carteira, é um sinal claro de problemas. Ficar longe.”, disse.

Desde então, começou-se a observar uma grande movimentação de saque por parte dos usuários da Crypto.com, muitos acreditam que o caso de FTX possa ter afetado a empresa.

A criptomoeda nativa da plataforma, Cronos (CRO), chegouy a cair de US$ 0,081 para US$ 0,056. Atualmente está sendo negociada em US$ 0,066.

Para Maurício Magaldi, Diretor Global de Estratégia em cripto da 11:FS e host do Podcast “BlockDrops”, ainda não é possível saber com certeza se o FUD – medo do mercado – tem fundamentos.

“Eu acho que ‘FUD’ é como, no mercado cripto, chamamos os rumores e, como tudo neste mercado roda a um milhão de km/h, eu sempre tento dar um tempo para as coisas se assentarem, e dessa forma, conseguir concluir algo”, comenta.

Magaldi diz achar curioso que eles tenham movimentado por engano US$ 400 milhões em ETH pra uma outra corretora devido a um erro operacional.

 “Fico imaginando se eles tivessem mandado para uma ‘burn wallet’ – carteira morta -, ou pra algum outro endereço de algum anônimo, talvez nunca mais recuperassem esse valor”, diz

Até onde eu vi, eles tinham recuperado US$ 360 milhões. Isso demonstra que mesmo as exchanges mais capacitadas do mercado ainda precisam percorrer um caminho até um grau de maturidade de indústria, o tal do ‘enterprise grade’”, finaliza.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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