Mercados

CSN (CSNA3) derrete 6% em momento ruim para commodities; oportunidade de compra?

30 jun 2022, 19:05 - atualizado em 30 jun 2022, 19:05
CSN Gerdau Usiminas
Segundo consenso do mercado reunido pela Reuters, de 13 analistas, seis indicam comprar o papel e sete possuem neutralidade (Imagem: Youtube/CSN)

A CSN (CSNA3) figurou entre as maiores quedas do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (30), com tombo de 6,42%. Já a CSN Mineração (CMIN3) também caiu forte, a 6,31%.

A queda reflete o cenário de pessimismo com as commodities, especialmente o minério de ferro, com a recessão nos Estados Unidos e na Europa batendo à porta.

O minério de ferro caiu pelo segundo dia consecutivo, com dados que mostraram uma queda nas compras de aço da China este mês, apesar de uma ligeira melhora no setor industrial.

O ingrediente siderúrgico perdeu cerca de um quarto de seu valor no segundo trimestre, mesmo com a flexibilização das restrições chinesas para combater a Covid-19.

O índice dos gerentes de compras do setor siderúrgico chinês caiu para o nível mais baixo desde a crise financeira de 2008 em junho, enquanto o mesmo indicador para o setor industrial subiu acima de 50 pela primeira vez desde fevereiro, sinalizando uma ligeira expansão.

Para Pedro Galdi, da Mirae Asset, as ações da CSN derraparam em função do cenário de aversão ao risco, já que o papel costuma ter pressão vendedora.

“De tempos em tempos, o pessoal escolhe para vender”, completa. Ele afirma ainda que os resultados do segundo semestre devem vir mais fracos, com volumes menores.

Mesmo assim, Galdi diz que a queda pode ser uma oportunidade para o investidor que pensa no médio e longo prazo.

Segundo consenso do mercado reunido pela Reuters, de 13 analistas, seis indicam comprar o papel e sete possuem neutralidade. Nenhum tem recomendação de venda.

Maiores altas

Os papéis da Fleury (FLRY3) lideram as altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (30), após a empresa anunciar a fusão com a Hermes Pardini (PARD3).

BTG Pactual calcula que a Pardini está sendo avaliado em R$ 2,51 bilhões, ou um prêmio de 14% sobre o fechamento da ação de ontem.

Os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Pedro Lima classificaram o acordo como positivo.

Segundo o trio, além da exposição geográfica complementar (a Fleury tem operações consideráveis em São Paulo e Rio, enquanto o Hermes Pardini está focado nos estados de Minas Gerais e Goiás) o negócio melhora o posicionamento para negociar as condições comerciais com os operadores nacionais de hospital.

Veja as cinco maiores altas

Empresa Ticker Alta
Fleury FLRY3 16,10%
Vivo VIVT3 3,07%
Hapvida HAPV3 3,80%
MRV MRVE3 2,90%
BB Seguiridade BBSE3 1,88%

Veja as cinco maiores quedas

Empresa Ticker Queda
Via VIIA3 8,13%
CSN CSNA3 6,31%
CSN Mineração CMIN3 6,13%
JHSF JHSF3 5,66%
SLC SLCE3 5,56%

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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