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CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3): O que esperar dos resultados desta quarta?

08 mar 2023, 12:59 - atualizado em 08 mar 2023, 12:59
CSN Mineração CSNA3
CSN Mineração deve apresentar um dos resultados positivos da temporada, avalia Santander (Imagem: Facebook/CSN)

A CSN (CSNA3) e sua controlada CSN Mineração (CMIN3) divulgam seus resultados nesta quarta-feira (8), após o fechamento do mercado.

Ao longo dos últimos meses, analistas do mercado divulgaram suas estimativas e se mostraram divididos em relação às operações de mineração e siderurgia.

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A leitura sobre o setor diz que o segmento de mineração deve ser mais forte na temporada de balanços do quarto trimestre de 2022, enquanto os números das siderúrgicas vão refletir menores volumes e preços de venda, além de custos crescentes, segundo a XP Investimentos.

O Santander destaca que, com o declínio nos preços de aços longos e planos no quarto trimestre de 2022, empresas de siderurgia devem mostrar uma das maiores quedas de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no comparativo anual.

Nesse caso, pode-se esperar números mais fortes do braço de mineração da CSN, avalia Santander.

O banco acredita que a CSN Mineração deve apresentar um dos resultados positivos da temporada, com números mais fortes no comparativo trimestral dentro do setor, guiados por preços realizados e volumes de vendas maiores.

Para o Santander, a demanda por minério de ferro de alta qualidade deve continuar “decente” no curto prazo. A instituição joga do lado otimista do mercado no debate sobre os preços da commodity, vendo “um ponto de entrada atraente” por mais tempo por conta da melhora na demanda chinesa a partir do primeiro semestre de 2023.

“Esperamos que a combinação de uma produção sazonalmente mais fraca para o minério de ferro no primeiro semestre de 2023 e graduais melhorias na atividade econômica na China destrave um momentum melhor para os preços do minério de ferro”, diz.

O Santander estima R$ 800 milhões em lucro líquido para a CSN Mineração, além de Ebitda de aproximadamente R$ 1,47 bilhão.

Também para a Genial Investimentos, a CSN Mineração deve ganhar mais destaque que a sua holding, “arrefecendo os efeitos da unidade de negócios de siderurgia, que devem vir mais fracos no quarto trimestre de 2022”.

De acordo com a corretora, “a contínua detração do cenário macro deve trazer mais um trimestre desafiador para a holding, com sua subsidiária de siderurgia sofrendo com quedas tanto em volume quanto em preço, enquanto CMIN3, sua subsidiária de mineração, ajuda com uma sazonalidade positiva e uma dinâmica de preços melhor”.

Com a revisão para baixo do guidance, a Genial acredita que a CSN Mineração deve cumprir sua meta no quarto trimestre de 2022, com 34 milhões de toneladas esperados “batidos na vírgula”.

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Segundo a Genial, a expectativa é de que a receita do segmento de siderurgia da CSN caia 18% no comparativo trimestral, enquanto a divisão de mineração deve acelerar 32% na mesma base de comparação.

“Na visão do topline, esperamos uma mudança no share da composição entre segmentos, principalmente por esperarmos uma receita em contração de siderurgia, e uma alta na mineração e cimento”, comenta.

A Genial estima receita de R$ 6,2 bilhões para a divisão de siderurgia, contra R$ 7,7 bilhões no terceiro trimestre de 2022, devido a fatores já mencionados, como queda nas vendas, retração no preço realizado e cenário conjuntural controverso.

A corretora destaca, no entanto, que a diversificação das linhas de negócio da CSN deve trazer efeitos positivos para os resultados do grupo, com lucro líquido esperado de R$773 milhões.

“Acreditamos que, em momentos turbulentos como esse, o prêmio por não guardar todos os ovos em apenas uma única cesta deve aparecer”, completa.

Ao contrário do Santander, o Genial se afasta ao apresentar uma postura mais conservadora em relação aos preços do minério de ferro.

“Não acreditamos que o minério de ferro possui suportes em termos de demanda para ser sustentado no patamar de US$110-120/tonelada”, diz.

A Genial trabalha com um cenário de retração mais acentuada dos preços no segundo trimestre deste ano, com a curva se normalizando a cerca de US$ 95/tonelada ao longo do segundo semestre.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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