Comprar ou vender?

CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) ou Gerdau (GGBR4)? Safra declara apenas uma ação como preferida e digna de compra no momento

25 jan 2024, 12:28 - atualizado em 25 jan 2024, 12:28
Instalações da Usiminas em Ipatinga (MG)
Em retomada de cobertura, o Safra elegeu Usiminas como nome preferido entre siderúrgicas brasileiras (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

O setor de siderurgia brasileiro tem uma ação vencedora, de acordo com o Banco Safra. Em relatório de retomada de cobertura, a instituição declara Usiminas (USIM5) como o nome preferido.

A recomendação dos analistas é de compra, com preço-alvo de R$ 11, devido a uma combinação de:

  • trajetória positiva dos lucros depois que os resultados atingiram seu ponto mínimo no terceiro trimestre do ano passado;
  • maior visibilidade das iniciativas de corte de custos em comparação aos pares devido à reorganização dos ativos para aumentar a eficiência dos equipamentos e melhorar a capacidade de produção de coque; e
  • potenciais surpresas positivas para as estimativas do banco caso o preço doméstico do aço aumente (o que não é considerado no cenário-base do Safra).

De acordo com o Safra, o setor de minério de ferro continua sendo favorecido em comparação com a indústria do aço. Porém, a casa acredita que a melhor perspectiva para o preço do minério de ferro já está incorporada nas projeções do mercado.

“Acreditamos que as ações possam começar a ser negociadas com base nas mudanças dos resultados do setor siderúrgico, que devem ocorrer via custos, favorecendo Usiminas ante Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3)”, diz.

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Usiminas deve sair na frente em recuperação de margens

Na avaliação do Safra, os resultados da divisão de aço da Usiminas vão melhorar mais, com taxa de crescimento anual composta do Ebitda esperada de 160% em 2023–27.

Para base de comparação, a taxa de crescimento anual composta prevista para CSN e Gerdau Brasil é de 10% e 7%, respectivamente (para o Ebitda total da Gerdau, a taxa é negativa em 9%).

Segundo o Safra, a tendência é atribuível à normalização da capacidade de produção de coque da Usiminas e da CSN nos próximos anos.

“Essas companhias adquiriram de terceiros uma grande parcela de suas necessidades de coque desde que problemas com as baterias do coque começaram em 2019–21, o que resultou em pressão severa sobre os custos. No caso da Usiminas, acreditamos que haja particularmente mais espaço para cortar custos em comparação com seus pares devido ao retorno da operação do Alto-Forno 3 de Ipatinga, o que reduzira a taxa geral de consumo de coque, a intensidade de combustível e energia enquanto melhora a diluição de custos fixos”, explica a instituição.

CSN e Gerdau com recomendação neutra

Para as ações da CSN e da Gerdau, o Safra tem recomendação neutra, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 18,30 e R$ 23.

No caso da CSN, o Safra acredita que investidores poderão penalizar a companhia por movimentos negativos no preço do minério de ferro, dada sua exposição ao segmento, que deve responder por mais da metade do Ebitda de 2024-32.

No entanto, a tendência de baixa das ações poderia ser amortecida por resultados “resilientes”.

“Temos visão positiva para retornos no longo prazo após o término do extenso plano de investimento, após o qual o fluxo de caixa livre passará para uma média de 14% em 2028–32, contra uma média de -16% em 2024–27”, diz o Safra.

Em relação à Gerdau, além de um potencial de valorização limitado no horizonte, o banco vê uma trajetória de lucro negativa não totalmente refletida no consenso dos analistas de mercado.

“Melhora da dinâmica do aço nos EUA no curto prazo poderia significar melhora em nossas estimativas, mas acreditamos que as ações da Gerdau não devem reagir devido à tendência decrescente de lucros e menos iniciativas de corte de custos vs. seus pares”, completa o Safra.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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