Comprar ou vender?

CSNA3 e USIM5: BBA não vê espaço para ações subirem; VALE3 e GGBR4 estão no mesmo barco?

10 jul 2023, 14:38 - atualizado em 10 jul 2023, 14:38
CSN Aço
CSN e Usiminas foram rebaixadas por Itaú BBA (Imagem: Divulgação/CSN)

O Itaú BBA atualizou a tese de investimento de mineradoras e siderúrgicas, na esteira da revisão de estimativas para o minério de ferro.

A instituição cortou as estimativas para os preços da commodity em 2023, considerando que o setor imobiliário chinês não tem correspondido às medidas de estímulos anunciadas pelo governo local. Com isso, as projeções passaram a ser de US$ 110/tonelada ao fim do ano, de US$ 115/tonelada anteriormente e US$ 118/tonelada no acumulado de 2023 até agora.

Em paralelo, o BBA acabou rebaixando CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) para “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”). Para o time de análise, o mercado doméstico de aço deve enfraquecer no segundo semestre, seguindo a deterioração da dinâmica de oferta e demanda.

Os analistas acreditam, inclusive, que a produção de aço pode aumentar nos próximos meses, após paralisações para manutenção na primeira metade do ano. Isso, somado a uma demanda ainda restrita e níveis de importação fortes, pode levar a preços de aço menores, afirmam.

O BBA cita ainda uma geração de fluxo de caixa limitado nos próximos anos, além de múltiplos EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) justos/caros para 2023 e 2024.

O BBA cortou os preços-alvo das ações a R$ 11 (CSNA3) e R$ 7 (USIM5), o que implica em potencial de queda para ambos os casos, considerando as cotações atuais.

Às 14h30 desta segunda-feira (10), os papéis da CSN perdiam 3,07%, enquanto Usiminas recuava 2,79%. A forte baixa do minério de ferro na Ásia também contribuía para um pregão pressionado ao setor.

Vale está atrativa?

Vale
Analistas cortaram preço-alvo de Vale, mas mantiveram recomendação de “outperform” (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

O BBA também atualizou a tese para os ADRs (American Depositary Receipts, certificados de ações emitidos nos Estados Unidos e com lastro em valores mobiliários de emissão de companhias estrangeiras) de Vale (VALE) e às ações de Gerdau (GGBR4), que ganharam preços-alvo menores.

O ADR da Vale passou a ter preço-alvo de US$ 17 ao fim de 2023, enquanto a tese de GGBR4 passou a considerar alvo de R$ 31. Apesar do corte, os dois papéis seguem com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”).

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Sobre a mineradora, o BBA destaca que a ação parece barata em relação aos níveis históricos, considerando o múltiplo EV/Ebitda ajustado para 2023 de 3,8 vezes.

“O EV/Ebitda da Vale implica em um desconto de aproximadamente 25-30% para as companhias de mineração australianas agora, acima da média histórica”, reforça a corretora.

O BBA estima um yield de fluxo de caixa “decente” de 10% para 2023, com quase todo o percentual sendo distribuído via dividendos e programas de recompra de ações.

Em relação à Gerdau, a ação é a top pick da casa dentro do setor, também por motivos de valuation atrativo e um yield de caixa sólido, de 15% ao fim do ano.

Analistas estão confiantes com a performance operacional da empresa siderúrgica, uma vez que resultados mais fracos que o esperado na divisão do Brasil devem ser parcialmente mitigados por uma normalização mais suave nos resultados da América do Norte (nos Estados Unidos, ventos favoráveis vindo do pacote de infraestrutura trilionário sancionado por Joe Biden), mesmo com a apreciação do real.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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