Cury (CURY3): Dividendos impulsionam ações, que avançam mais de 2% na bolsa
As ações da construtora Cury (CURY3) sobem forte nesta terça-feira (25) e figuram entre os destaques da bolsa de valores (B3).
Por volta das 15h (horário de Brasília), os papéis avançavam cerca de 2,12%, negociados a R$ 39,08. No ano, a valorização chega a aproximadamente 123%. Acompanhe o tempo real.
O avanço de hoje ocorre após a companhia aprovar, na véspera (24), a distribuição de R$ 250 milhões em dividendos intercalares, valor que equivale a R$ 0,86 por papel ordinário.
Terão direito ao recebimento os acionistas posicionados até a próxima quinta-feira, 27 de novembro, data-base definida pela empresa. A partir de 28 de novembro, as ações serão negociadas ex-proventos.
Segundo a construtora, o pagamento será realizado em parcela única no dia 4 de dezembro, sem incidência de correção monetária ou juros.
Os valores também estão isentos de Imposto de Renda (IR) e contarão para a distribuição mínima obrigatória do ano fiscal de 2025.
Na visão da Ágora Investimentos, o anúncio foi positivo, já que a cifra representa um dividend yield acumulado próximo de 7% e uma taxa de payout de aproximadamente 82% do lucro líquido do exercício.
Lucro em alta
No terceiro trimestre (3T25), vale lembrar, a Cury registrou lucro líquido de R$ 255,3 milhões, crescimento de 49,6% frente ao mesmo período de 2024, sustentado pela geração de caixa e expansão das margens.
Para o BTG Pactual, o balanço da companhia foi “forte em todos os aspectos”, com resultados acima das expectativas.
Em relatório, o banco destacou o Retorno sobre Património Líquido (ROE) anualizado de 74% — o mais alto da série —, e a consistência operacional da empresa, impulsionada pelo segmento de habitação popular.
Isenção do IR deve favorecer a Cury
A companhia, inclusive, está entre as empresas que devem se beneficiar das mudanças no Imposto de Renda previstas para 2026.
Com a ampliação da faixa de isenção para renda mensal de até R$ 5 mil e redução do tributo para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, a administração da Cury esperam que o poder de compra das famílias de menor renda aumente e “ajude bastante” as vendas.
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Na teleconferência de resultados, os executivos reforçaram que as melhorias no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) também são essenciais para a manutenção das margens.
Segundo a companhia, entre 15% e 20% das vendas estão concentradas nas faixas 1 e 2 do programa.