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Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3) disparam até 50% em 5 dias; entenda

11 jul 2022, 16:03 - atualizado em 11 jul 2022, 16:06
Construção civil, Even
Movimento, entre outras coisas, é explicado pelo fechamento da curva de juros e alivio das commodities. (Imagem: YouTube/Even Construtora e Incorporadora)

Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3) dispararam nos últimos cinco pregões, depois que o conselho do FGTS aprovou juros menores e renda maior para financiamento imobiliário, impactando o programa Casa Verde e Amarela.

As altas dos papéis no período são, respectivamente, de 17%, 12% e 49%. Cury e Direcional já recuperam as perdas do ano, enquanto Tenda ainda acumula queda de 62%.

O movimento, segundo o analista da Ativa Investimentos, Sérgio Berruezo, também é explicado pelo fechamento da curva de juros e alivio das commodities, que são parte dos custos de construção.

Analista da RB Investimentos, Gustavo Cruz comenta que os papéis das construtoras no geral ainda tendem a apresentar bastante volatilidade enquanto não ficar claro quando a Selic, a taxa básica de juros, começará a cair.

Ele vê com otimismo o pós-eleição, em que, segundo o analista, qualquer vencedor da disputa presidencial adotará estímulos ao programa habitacional. “A demanda vai aparecer um pouco melhor nos próximos balanços, mas entendo que a margem continuará baixa”, comenta.

Cruz lembra que as empresas lidam com o orçamento “item a item” e que as companhias não estão conseguindo repassar 100% do custo. Ele recomenda cautela com os papéis.

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Cury, Direcional ou Tenda?

O analista da XP Investimentos Ygor Altero disse preferir os papéis Cury e Direcional/Riva, porque vê os beneficiários com renda familiar de R$ 7 mil a R$ 8 mil – que antes não eram incluídos no programa habitacional “Grupo 4” – entrando no programa CVA com taxas de juros imobiliárias significativamente mais atrativas.

“Haverá um custo um pouco maior para o FGTS, mas a capacidade de financiamento continua robusta”, afirmou.

O FGTS tem menos de 46% do orçamento habitacional contratado em 2022, o que foi ajudado pela diminuição do número de unidades contratadas. “Isto, em nossa visão, é uma consequência do cenário desafiador para operar com rentabilidade em um momento de pressão nos custos de materiais”, afirmou Altero

O analista disse que as medidas aprovadas são uma continuação das atualizações feitas em março de 2022. “As atualizações devem ajudar a acelerar o programa, uma vez que um número maior de beneficiários passará a ter acesso a menores taxas de juros de imobiliários”.

O que mudou no Casa Verde e Amarela

A subfaixa 1, de renda entre 2.400 e 2.600 reais, teve o teto ampliado a 3 mil reais. A faixa mais baixa de até 2.400 foi mantida.

Acima destes patamares, o conselho aprovou a elevação de valores do grupo intermediário – que subiu de 2.600 a 4 mil reais para 3 mil a 4.400 reais mensais – e do grupo de renda maior, que passou de 4 mil a 7 mil reais para 4.400 a 8 mil reais.

Segundo o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Santos, as medidas representam uma ampliação de até 19 mil reais na capacidade de financiamento das famílias e que as reduções nas taxas de juros serão de 0,75% e 1,16% nas faixas do Casa Verde e Amarela.

Santos disse que 31% da carteira do programa será beneficiada com a redução dos juros.

*Com informações da Reuters

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.