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Dados mostram que EUA lidera taxa de hashes do bitcoin com 35% do mercado

13 out 2021, 9:15 - atualizado em 13 out 2021, 9:15
O mapa de mineração do CCAF de agosto mostra que as empresas de mineração de bitcoin nos EUA tinham um total de 42,7 exahashes por segundo (EH/s) de taxa de hashes (Imagem: Unsplash/@ewankennedy19)

Dados recentes compilados pelo Centro para Finanças Alternativas de Cambridge (CCAF) sugerem que os Estados Unidos substituíram a China como o país com a maior porcentagem de taxa de hashes do bitcoin (BTC).

O CCAF estima que os Estados Unidos são responsáveis por 35,4% da atividade de mineração da criptomoeda, com base na análise de 44% da taxa de hashes do mercado.

O mapa de mineração do CCAF de agosto mostra que as empresas de mineração de bitcoin nos Estados Unidos tinham um total de 42,7 exahashes por segundo (EH/s) de taxa de hashes, seguidos pelo Cazaquistão, Rússia e Canadá.

Isso aconteceu devido à maior aquisição de novos equipamentos pelas empresas e a consequente expansão de suas operações – impulsionadas pela oportunidade de mercado, após as proibições chinesas para a mineração cripto e o aumento do preço do bitcoin.

Enquanto isso, a participação conjunta de empresas americanas de mineração de bitcoin aumentou para 35% durante o terceiro trimestre, sendo que, em maio, essa porcentagem era de 17%.

Isso aconteceu devido à queda na competição das operações de mineração de bitcoin na China, após o governo ter proibido o setor no país.

Quem se beneficiou das decisões do governo chinês foram as grandes companhias de mineração de bitcoin.

Durante o terceiro trimestre deste ano, sete empresas de capital aberto dos Estados Unidos mineraram sozinhas cerca de 7,5% das recompensas de bloco do bitcoin. No mês passado, essas empresas tinham, juntas, mais de 200 mil BTC.

Porém, os Estados Unidos não são os únicos que saíram ganhando com a queda das operações de mineração de bitcoin na China.

Taxa de hashes também aumenta em outros países

A taxa de hashes impulsionada por empresas no Cazaquistão também dobrou desde o segundo trimestre deste ano, para quase 22 EH/s em agosto, representando uma participação de 18,1%.

Após as proibições chinesas, o Cazaquistão se tornou um dos destinos preferidos para mineradoras chinesas que quiseram realocar suas operações.

As operações de mineração de bitcoin na Rússia e no Canadá estão em uma disputa acirrada pelo terceiro lugar, com 11,2% e 9,6%, respectivamente.

A fornecedora de colocações de mineração russa BitRiver disse que assinou, nos últimos meses, acordos com clientes chineses para mais de 100 megawatts (MW) de capacidade.

A fonte de dados do CCAF veio de informações sobre mineração fornecidas por quatro pools de mineração de bitcoin: BTC.com, Poolin, ViaBTC e Foundry USA.

Neste momento, a taxa de hashes conectada em tempo real a esses quatro pools somam 62 EH/s, o que equivale a cerca de 44% do poder total de hashes da rede Bitcoin.

O CCAF divulgou os dados de seu mapa de mineração, pela primeira vez, em abril de 2020.

O Centro atualizou o mapa em julho do ano passado e, desde então, tem divulgado dados mensais, assim como os de abril deste ano, os quais indicavam que a dominância da China sobre a taxa de hashes do bitcoin já estava em declínio.

Porém, os dados não captaram as mudanças no mercado após as repressões chinesas no terceiro trimestre.

No entanto, há margem para erro. Conforme o Centro divulgou em sua metodologia, o uso de redes virtuais privadas por clientes mineradores individuais pode mascarar seus locais reais.

“Esse comportamento pode distorcer a amostra e resultar em uma superestimação (ou subestimação) da taxa de hashes em algumas províncias ou países”, indicou o CCAF.

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