Bancos

Daniella Marques, secretária da Economia, substituirá Pedro Guimarães na presidência da Caixa, diz Reuters

29 jun 2022, 11:49 - atualizado em 29 jun 2022, 12:16
Pedro Guimaraes
Guimarães está sendo investigado pelo Ministério Público Federal após denúncias de assédio sexual contra funcionárias da instituição, publicou na terça-feira o site Metrópoles (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo decidiu indicar para o comando da Caixa Econômica Federal a atual secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, após crise envolvendo acusações de assédio envolvendo o atual presidente do banco público, Pedro Guimarães, informou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.

Guimarães está sendo investigado pelo Ministério Público Federal após denúncias de assédio sexual contra funcionárias da instituição, publicou na terça-feira o site Metrópoles. Segundo o site, a investigação do MPF está sob sigilo.

Considerada braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, Daniella foi assessora especial na pasta desde o início da gestão do presidente Jair Bolsonaro e assumiu o comando da secretaria especial de Produtividade em fevereiro deste ano.

Entre as medidas adotadas sob sua gestão na secretaria, está um programa de empreendedorismo e crédito voltado para mulheres.

Formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e com MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ, Daniella atuou por 20 anos no mercado financeiro. Antes de assumir as funções no governo, ela foi sócia e diretora de fundos de investimento.

Fontes com conhecimento do assunto informaram à Reuters que Guimarães deixará o cargo ainda nesta quarta-feira.

O atual chefe da Caixa está no cargo desde janeiro de 2019 e chegou ao posto por indicação de Guedes.

Conforme a reportagem do Metrópoles, que ouviu funcionárias que teriam sido vítimas dos abusos sob anonimato, Guimarães –um dos integrantes do governo mais próximos do presidente Jair Bolsonaro– teve condutas inapropriadas. Elas citaram toques íntimos não autorizados, convites para jantares e outros encontros.

Procurada, a Caixa e a Secretaria de Comunicação da Presidência não responderam de imediato a pedido de comentário da Reuters.

Segundo uma das fontes, uma das preocupações de aliados de Bolsonaro é que o caso venha a ser explorado na campanha com o eleitorado feminino, parcela em que o presidente já tem tido dificuldades de conquistar votos, segundo as pesquisas de intenção de voto.

(Atualizada às 12:15)

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