AgroTimes

Das 22 mi/t de soja que faltariam para a China até dezembro, se tanto será menos ainda da metade

15 nov 2022, 9:18 - atualizado em 15 nov 2022, 9:21
Soja, Paranagua
Compras chinesas de soja precisariam explodir em novembro para bater na meta prevista pelos analistas ocidentais (Imagem: Reuters/Rodolfo Buhrer)

Para a China chegar às 96 milhões de toneladas de importações de soja em 2022, como muito se discutiu ao longo do ano, seria preciso buscar 22 milhões/t entre novembro e dezembro.

Improvável que aconteça. Dez milhões/t até pode ser um número acessível, somando às 73,1 milhões/t em 10 meses.

Com queda de 7,14% sobre janeiro a outubro de 2021, não há grandes indicações, contudo.

As margens de esmagamento estão reprimidas no país.

Foi o que ocasionou a perda de 19% nas vendas globais aos chineses em outubro, contra um ano antes, com as aquisições ficando em 4,1 milhões/t.

E abaixo dos pouco mais de 6 milhões/t de setembro. Neste mês, os processadores asiáticos aproveitaram os preços mais baixos da soja e avançaram.

As cotações em Chicago caíram abaixo dos US$ 14,50 o bushel e o dólar no Brasil, por exemplo, poderia ser um fator de negócios para chineses e brasileiros caso a transição para o governo Lula mostre riscos para a economia, na ótica do mercado.

Mas, na segunda, o dólar cedeu mais um pouco, 0,64% (R$ 5,30), e a tela de janeiro na CBOT, nesta terça (15), sem o Brasil operando por causa do feriado, renova a queda da véspera em 0,54%, estando a US$ 14,33, às 9h20 (Brasília).

Sem China, não há sustentação para a soja, que vive de reflexos dos mercados financeiros, e com a safra brasileira indo bem no plantio, embora com clima mais seco atualmente no Centro-Oeste.

Esse é outro fator de risco para suporte aos preços. Tradicionalmente o país sai das compras, em geral, a partir de 15 de dezembro, o que não só encurta o tempo para concluir aquela previsão mais ambiciosa para o ano, como também deixa o mercado mais ofertado a partir de fevereiro com o avanço da colheita brasileira.

É quando a China volta a comprar.

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Receba de segunda a sexta as principais notícias e análises. É grátis!

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar