Política

De Bolsonaro a lula, veja os personagens políticos que terminaram em alta ou em baixa em 2022

25 dez 2022, 10:00 - atualizado em 25 dez 2022, 15:47
Ação para fugir de Lula e Bolsonaro
Lula e Bolsonaro protagonizaram a disputa mais tensa e acirrada da história brasileira (Imagem: Reprodução)

O ano de 2022 foi, obviamente, marcado pela disputa das eleições mais acirradas e brigadas da história do Brasil. Muitos personagens políticos passaram ao longo ano. Alguns iniciaram bem, mas perderam força no final, outros estavam em baixa, mas viraram o jogo e outros viveram uma verdadeira montanha-russa de emoções durante os 12 meses de 2022.

Luiz Inácio Lula da Silva

Eleito presidente da República pela terceira vez, Lula não teve um ano fácil. Além da disputa contra Jair Bolsonaro, o futuro presidente passou o ano articulando com diversas frentes para viabilizar seu nome como preferido na eleição. Apesar de dar resultado nas urnas, toda essa articulação cobrou o preço na formação do seu governo.

Apesar da aprovação da população nas uras, Lula termina o ano pressionado por todos que o apoiaram e com a dúvida de como o congresso irá lidar com suas propostas.

Jair Bolsonaro

Dois números e recordes mostram como o ano de Jair Bolsonaro teve altos e baixos de impacto. Recorde de votos e popularidade nas redes sociais e primeiro presidente a não conseguir a reeleição.

O futuro ex-presidente começou o ano sob muitas críticas a respeito de sua condução do país ao longo da pandemia, mas amparado em grande popularidade, principalmente nas redes sociais. Sua maneira combativa e polêmica de agir e falar o levaram a mais uma votação recorde, mas insuficiente para a reeleição.

Mesmo com a derrota, Bolsonaro aparecia como grande personagem da oposição, mas seu silêncio e apatia colocam em dúvida o futuro do movimento e a própria liderança que ele pode exercer.

Sérgio Moro

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro saiu do governo Bolsonaro de forma polêmica, apontando interferência de seu ex-chefe no trabalho da Polícia Federal, e surgindo como um nome forte para concorrer à presidência.

Depois de sofrer com polêmicas de mudança de partido, de cargo para disputar nas eleições e, até mesmo, de qual estado representar, Moro terminou o ano conquistando a vaga para o Senado Federal pelo Paraná e poderá, enfim, fazer política como político.

Fernando Haddad

O ex-prefeito de São Paulo teve um final de ano cheio de emoções. Nas eleições, Fernando Haddad teve uma votação recorde, venceu na capital onde tinha sido rejeitado antes, mas não foi o suficiente para vencer a eleição para governador.

Com a vitória de Lula, foi alçado a articulador político e, posteriormente, a ministro da Fazenda. Seu nome não foi bem digerido pelo mercado, mas algumas indicações para o seu time melhoraram a imagem. De qualquer maneira, terá um grande desafio pela frente.

João Dória

Depois de sua atuação durante a pandemia de covid, João Dória emergiu como um forte nome para concorrer ao posto de presidente da República. Mas, ao longo ano, o ex-prefeito e ex-governador foi acumulando pequenas derrotas que culminaram na retirada de sua candidatura e, posteriormente, na fim de sua carreira política.

Gilberto Kassab

O ex-prefeito de São Paulo teve um ano desafiador. Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab tinha como grande ambição ampliar o alcance do partido, aumentar o número de governadores eleitos e, quem sabe, ter o grande nome que acabaria com a polarização entre Bolsonaro e Lula na disputa para a presidência.

Embora não tenha conquistado o espaço na disputa nacional, Kassab termina o ano como homem forte do governador eleito por São Paulo Tarcísio de Freitas para comandar a relação política dentro do maior estado do país e ainda fazer a interlocução com o executivo federal.

Simone Tebet

A derrota nas eleições presidenciais e o fim do mandato como senadora da República podem dar a impressão de um ano ruim para Simone Tebet, mas foi bem diferente disso. Pouco conhecida no âmbito nacional, Tebet se colocou nos holofotes durante a CPI da Pandemia no Senado.

A atuação a candidatou a concorrer ao posto de presidente da República. Em uma eleição polarizada entre Bolsonaro e Lula, Tebet se colocou como opção de muitos eleitores, terminou com votação expressiva e seus posicionamentos e postura ainda a colocaram como membro do futuro governo.

Hamilton Mourão

Eleito vice-presidente em 2018, o general Hamilton Mourão foi, aos poucos, se distanciando do presidente Bolsonaro a ponto de até desocupar umas das residências oficiais para que o ministro da economia Paulo Guedes a ocupasse. Mas, mesmo sem o apoio de seu ex-companheiro de chapa, conseguiu se eleger senador pelo Rio Grande do Sul.

Paulo Guedes

Superministro de Bolsonaro, Paulo Guedes foi o grande nome da economia do país ao longo dos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro. No ano de 2022, o economista articulou, mesmo que as vezes de forma contrária ao seus entendimentos, para que o governo tivesse dinheiro para manter investimentos e melhorar a imagem de Bolsonaro para a campanha.

Guedes terminou o ano vendo a derrota de Bolsonaro na urnas e com diversas críticas aos gastos liberados por ele para a campanha e ao orçamento para 2023 desenvolvido por sua equipe. O governo federal terminou sua gestão com diversos buracos devido à falta de verba.

Alexandre de Moraes

Apesar de não ser político, a atuação de Alexandre de Moraes como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram impactantes para o universo político brasileiro. Moraes foi firme em suas convicções, apostou em inquéritos contraditórios e polêmicos e conduziu a justiça eleitoral ao longo de sua mais delicada, polarizada e criticada eleições.

Editor
Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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