De Mônica a Bidu: os personagens que marcam os 90 anos de Mauricio de Sousa
Mauricio de Sousa completa 90 anos nesta segunda-feira (27) — e tem motivos de sobra para comemorar. Criador da Turma da Mônica e de um universo que atravessou gerações, o cartunista transformou o modo como o Brasil lê, aprende e se diverte.
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De Mônica e Cebolinha a Magali, Cascão e Chico Bento, seus personagens são mais do que ícones dos gibis: fazem parte da infância e da alfabetização de milhões de brasileiros.
A homenagem vem também do cinema. O longa “Mauricio — A História que Mudou o Mundo”, previsto para estrear em 2026, vai contar a trajetória do artista — desde os tempos de desenhista na Folha da Manhã até a criação do estúdio que se tornou um símbolo da cultura nacional. O protagonista será Mauro Sousa, um dos filhos do quadrinista.
Um legado que vai além do papel
Mais do que entreter, Mauricio de Sousa ajudou a formar leitores. Suas histórias coloridas, simples e acessíveis introduziram gerações de crianças ao hábito da leitura — muitas vezes antes mesmo da escola.
Mas o universo do autor é muito mais amplo do que a famosa turminha do Limoeiro. Há personagens igualmente marcantes, que refletem o olhar múltiplo e o humor afiado de Mauricio sobre o Brasil.
O Money Times reuniu nove personagens que, embora menos populares, ajudaram a construir a história e o imaginário de um dos maiores criadores do país.
1. Louco — o alter ego da imaginação

Uma das criações mais ousadas de Mauricio, o Louco representa a liberdade total da mente. Surge em histórias com Cebolinha, rompendo as regras da narrativa e flertando com o absurdo — quase uma caricatura do próprio autor.
2. Chovinista — o extraterrestre politicamente incorreto

O Chovinista é um alienígena atrapalhado e irônico, que observa os humanos com humor ácido. Suas histórias, repletas de críticas sutis ao consumismo e à hipocrisia, mostram o viés mais provocador do estúdio.
3. Zé Vampir — o terror mais simpático do cemitério

Companheiro inseparável do Penadinho, o Zé Vampir é um vampiro tímido, medroso e de coração mole. Um “monstro” adorável que prova que, mesmo no cemitério, o humor e a ternura têm espaço.
4. Jotalhão — o gigante gentil

O elefante verde de Mauricio se tornou um ícone da paz e da amizade. O Jotalhão ganhou projeção nacional ao estrelar os comerciais do molho de tomate Elefante, nos anos 1980 e segue sendo lembrado por sua doçura.
5. Horácio — o dinossauro filósofo

Um tiranossauro-rex vegetariano e introspectivo, o Horácio vive dilemas existenciais e questiona o sentido da vida. É o personagem mais pessoal de Mauricio e revela seu lado poético e reflexivo.
6. Penadinho — o fantasma que sente saudades

Morador de um cemitério, o Penadinho é o protagonista de histórias sobre amizade, amor e aceitação. Seu humor leve e melancólico faz dele um dos personagens mais humanos e sensíveis do estúdio.
7. Pelezinho — o menino que driblou o tempo

Inspirado em Pelé, o Pelezinho levou o futebol brasileiro para os quadrinhos no fim dos anos 1970. Brincalhão e justo, foi o primeiro personagem licenciado de uma celebridade no país e marcou uma geração.
8. Papa-Capim — o defensor da floresta

O Papa-Capim representa o olhar ecológico e cultural do autor. Habitante da floresta, o personagem trata de temas como preservação ambiental e respeito aos povos indígenas, muito antes de isso se tornar pauta nacional.
9. Capitão Feio — o vilão que nunca desiste

Clássico antagonista da Mônica, o Capitão Feio é o mestre da sujeira e do caos. Criado nos anos 1970, simboliza a eterna disputa entre ordem e bagunça e se tornou o vilão mais carismático da turma.
Bônus: Floquinho — o cachorro enigmático

O Floquinho, fiel companheiro do Cebolinha, é o mascote mais enigmático dos gibis. Com seu pelo verde e aparência confusa, virou uma piada interna nos estúdios: ninguém sabe onde começa nem onde termina o cachorro.