De multinacional perdendo R$ 127 milhões a vídeos de Taylor Swift: Deepfake atinge o globo e assusta; confira

Na última sexta-feira (02), o funcionário de uma multinacional em Hong Kong perdeu US$ 25,6 milhões, ou R$ 127 milhões, durante um golpe através de um deepfake. A cantora norte-americana Taylor Swift também foi vítima de vídeos divulgados na rede social X, antigo Twitter.

O funcionário recebeu um e-mail do CFO da empresa, que reside no Reino Unido. A mensagem foi ignorada durante um primeiro momento por ele, até que uma reunião no Zoom com o CFO e outros 15 funcionários, todos iguais aos reais, foi iniciada.

O trabalhador realizou 15 transferências para cinco contas diferentes em bancos de Hong Kong, totalizando US$ 25,6 milhões, sem perceber que havia sido alvo de uma chamada falsa.

• Petrobras (PETR4) pode distribuir mais dividendos extraordinários? Analista comenta os números apresentados no relatório de produção do 4T23; Assista ao Giro do Mercado abaixo e saiba se vale a pena ter as ações para receber uma fatia:

O superintendente sênior em exercício, Baron Chan Shun-ching, afirmou que essa foi a primeira vez que golpistas realizaram uma fraude com mais de uma pessoa na mesma videochamada.

A chamada durou pouco tempo, mas o golpe foi realizado durante uma semana, com o contato sendo feito principalmente por e-mails e mensagens em plataformas instantâneas.

Deepfake contra Taylor Swift vira caso na política americana

A cantora Taylor Swift vem se tornando uma defensora da necessidade de regulamentar a Inteligência Artificial (IA), ferramenta utilizada para construir o deepfake.

Leia também

Agenda

Bradesco (BBDC4), Copasa (CSMG3), AES Brasil (AESB3) e as empresas que mexem com seu bolso na semana

Comprar ou vender?

Dividendos: A ação esquecida que pode entregar retorno de 19%, segundo Genial

Na rede social X, vídeos sexualmente explícitos da cantora foram criados através da técnica de deepfake, que com apenas uma foto já pode ser realizado e transmitido.

A rede social precisou restringir o nome de Swift em sua plataforma para evitar que os vídeos fossem amplamente divulgados.

De acordo com o The Washington Post, 10 Estados dos EUA possuem uma legislação relacionada ao deepfake. No Missouri, a necessidade de controlar vídeos e fotos criados a partir da técnica criou o “The Taylor Swift Act”.

Enquanto legisladores norte-americanos buscam criar projetos de lei que combatam mídias criadas por IA, que também influenciam o país durante a época de eleições, os brasileiros também tentam conter os danos causados.

Aqui, há projetos de lei em fase de análise pelo Senado que buscam estabelecer princípios para o desenvolvimento e aplicação da IA no Brasil.