Comprar ou vender?

De olho em 2024, Itaú BBA joga luz sobre estes dois setores; veja as ações para ter na carteira

07 nov 2023, 20:57 - atualizado em 07 nov 2023, 20:58
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Itaú BBA levanta oportunidades da Bolsa para ano que vem (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Na reta final de 2023, o Itaú BBA já está pensando nas oportunidades da Bolsa para ano que vem.

Em evento promovido pelo banco nesta terça-feira (7), o estrategista de ações do BBA Victor Natal, junto com André Dibe e Eric de Mello, do time de análise, citou o movimento de corte de juros como o principal fator que deve dar o empurrãozinho desejado para o mercado local daqui para frente.

Apesar disso, a equipe está cautelosamente otimista, visto que, embora a expectativa para a Selic ao fim de 2024 seja de 9,5% (um corte relevante, considerando o atual nível de 12,25%), o patamar esperado ainda é alto.

“Na nossa cabeça, a Bolsa deveria subir até o fim do ano que vem. Mas não deveria subir tanto assim. Temos uma série de problemas tanto dentro quanto fora de casa que vai fazer com que essa subida seja mais paulatina”, afirmou Natal.

“Não adianta comprar Ibovespa”

Natal defendeu a importância do stock picking, ou seja, fazer uma seleção de ações buscando ganhar com a valorização delas.

Na opinião do estrategista, não adianta comprar Ibovespa porque “não é um bom negócio”.

“Precisamos abrir o Ibovespa e entender que lá tem empresas boas, empresas ruins… Empresas que precisam melhorar a situação ou devem piorar”, comentou.

Com um pé já em 2024, o BBA abriu a sua carteira de cinco ações e comentou mais sobre as perspectivas para as companhias do portfólio, com foco principalmente em dois setores: óleo e gás e construção civil.

  • Vale a pena ter as ações de uma das maiores pagadoras de dividendos do ano? Veja a recomendação do analista Fernando Ferrer no Giro do Mercado desta terça-feira (7), é só clicar aqui:

PRIO3 e a dinâmica dos preços do petróleo

Mesmo com a forte oscilação do mercado de petróleo, o BBA entende que a relação oferta-demanda atual, com o agravamento das tensões no Oriente Médio e países produtores da commodity sustentando cortes de produção, leva a acreditar que os preços permanecerão elevados em 2024, rodando a US$ 80-85 o barril.

No caso da recomendação para a ação da Prio (PRIO3), as recentes aquisições podem ser vistas como uma janela de oportunidade, uma vez que a empresa acaba expandindo os volumes das operações. Como o setor de petróleo é uma indústria com custo fixo, uma receita maior abre margem para as empresas produtoras gerarem muito caixa, afirmou Eric de Mello.

“Se não investirem em novos campos ou projetos para conseguir extrair mais petróleo, [as companhias] podem passar essa geração de caixa relevante para o acionista como dividendo ou buyback.”

Outra ação da carteira é Vibra Energia (VBBR3), uma tese não tão correlacionada com os preços do petróleo. O BBA enxerga um cenário competitivo “muito interessante” para empresas distribuidoras de combustíveis.

“Desde Vibra a Ultrapar (UGPA3), vemos o setor favorecido ao longo de 2024″, defendeu Mello.

O setor para capturar a inflexão macro

Segundo André Dibe, o cenário micro das construtoras deveria estar pior, considerando as condições macro atuais. No entanto, as empresas têm surpreendido positivamente o mercado com bons lançamentos e vendas, disse o analista.

Com a eventual melhora do ambiente macro, as ações de construção civil ligadas ao segmento de média renda podem entregar desempenho superior ao do Ibovespa, completou.

Cyrela (CYRE3) representa a indústria na carteira do BBA. Dibe afirmou que a ação tem mais liquidez, mas ainda vê um posicionamento leve por parte do mercado, criando uma oportunidade de investimento.

Fora da carteira, Dibe mencionou outra construtora. Para o investidor que quer menos exposição ao cenário macro, a Direcional (DIRR3) é uma tese voltada mais para o micro e se beneficia do programa do governo Minha Casa, Minha Vida.

“Como é financiamento imobiliário subsidiado pelo FGTS, acaba dependendo menos da taxa de financiamento imobiliário de mercado. Acaba ficando “protegido” dessa oscilação macro e mais voltado ao micro, o que é super positivo”, completou o especialista.

Além de Prio, Vibra e Cyrela, a carteira do BBA tem Sabesp (SBSP3) pela tese de privatização e Nubank (ROXO34), uma aposta volátil que trouxe surpresas positivas ao mercado recentemente.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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