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Debate na Câmara sobre CBios para o produtores deverá se arrastar para 2022

14 out 2021, 9:20 - atualizado em 14 out 2021, 9:43

 

Cana de fornecedor não é remunerada quanto às exigências do Programa Nacional de Biocombustíveis (Imagem: Victoria Priessnitz)

Não deverá ser hoje e nem em 2021 que será solucionado o impasse em torno dos CBios, os Créditos de Descarbonização que somente as usinas e destilarias de etanol de milho e de biodiesel ganham quando vendidos às distribuidoras na B3 (B3SA3).

Faltando 2,5 meses para acabar o ano, a meta de CBios que as destilarias terão que adquirir da indústrias, correspondendo a lotes de etanol e biodiesel, é de 24,860 milhões de papéis, cuja cotação média nesta quinta (14) está entre R$ 43 e R$ 44.

Às 14 horas, a Câmara Federal debate em audiência pública a mudança na Lei no RenovaBio, por insistência dos produtores que também querem participar desse negócio com os títulos.

O pleito é simples: os fornecedores de cana que a entregam para as indústrias certificadas no RenovaBio seguem as exigências do programa, quanto à produção com menor uso intensivo de agentes fósseis em todas as etapas, portanto carregam custos que não são repassados no preço da matéria-prima.

A base da discussão pública é a PL 3149/20, relatada pelo deputado José Schneider (DEM-GO), na Comissão de Agricultura, sob forte oposição das entidades das indústrias, como a Unica, Novabio e Fórum Nacional Sucroenergético.

“Apesar das entidades dos produtores rurais tentaram buscar a solução coesa junto ao segmento industrial, contando, inclusive, com apoio dos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, não deverá ter consenso durante a audiência”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).

A entidade vem há quase um ano tratando disso, aliada à Orplana, entidade dos canavieiros do Centro-Sul, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), e agremiações de produtores de milho e soja.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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