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Deepfake impulsiona golpes de criptomoedas e atividades criminosas roubam mais de US$ 4,6 bilhões no ano, diz pesquisa

10 jun 2025, 12:10 - atualizado em 10 jun 2025, 12:10
Deepfake impulsiona golpes de criptomoedas e atividades criminosas roubam mais de US$ 4,6 bilhões no ano, diz pesquisa da Bitget (Imagem Gemini Pro)
Deepfake impulsiona golpes de criptomoedas e atividades criminosas roubam mais de US$ 4,6 bilhões no ano, diz pesquisa da Bitget (Imagem Gemini Pro)

A Bitget, corretora de criptomoedas e empresa do ramo de Web3, divulgou nesta terça-feira (10) o Relatório de Pesquisa Antifraude 2025, em parceria com as empresas de segurança blockchain SlowMist e Elliptic

O relatório revelou que as perdas globais com golpes em criptoativos aumentaram para US$ 4,6 bilhões em 2024, com destaque para o uso crescente de tecnologia deepfake — isto é, a criação de vídeos e imagens realistas, em geral utilizando rostos humanos — e engenharia social como principais táticas por trás dos roubos de alto valor. 

A publicação marca o lançamento oficial do Mês Antifraude da Bitget, uma iniciativa de um mês dedicada à educação em segurança e à conscientização em todo o ecossistema.

“A maior ameaça ao cripto hoje não é a volatilidade — é o engano. A IA tornou os golpes mais rápidos, baratos e difíceis de detectar”, disse Gracy Chen, CEO da Bitget. “Nosso objetivo é ajudar os usuários a negociarem de forma mais inteligente, não apenas mais rápido”.

Roubo de criptomoedas usando deepfake

Assim, o relatório destaca como os golpes com uso de Inteligência Artificial (IA) evoluíram além de e-mails de phishing, passando a incluir chamadas falsas no Zoom, vídeos sintéticos de figuras públicas e ofertas de emprego que levam a “cavalos de Tróia”.

Entre as principais descobertas, o relatório identifica três categorias principais de golpes:

  • Personificação via deepfake;
  • Esquemas de engenharia social e;
  • Projetos do tipo Ponzi (pirâmides financeiras) disfarçados de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) ou distribuição de certificados digitais (NFT).

O documento também detalha como os fundos de criptomoedas roubados são movimentados por meio de pontes (bridges) entre blockchains e ferramentas de ofuscação antes de chegar a mixers ou exchanges, o que dificulta a fiscalização e recuperação.

Da mesma forma, o estudo analisa casos de golpes em Hong Kong, o aumento do uso do Telegram e das seções de comentários no X (antigo Twitter) como pontos de entrada para phishing (método de roubo e sequestro de dados). 

“Este relatório reflete os padrões reais que vemos on-chain todos os dias. Os usuários devem estar informados, céticos e com a segurança em mente o tempo todo”, disse Lisa, Líder de Operações de Segurança da SlowMist.

As proteções contra o roubo

O relatório também detalha como o Anti-Scam Hub da Bitget, um acumulado de sistemas de detecção e um Fundo de Proteção de mais de US$ 500 milhões, estão sendo usados ativamente para reduzir riscos aos usuários.

A SlowMist forneceu uma metodologia detalhadas sobre táticas de golpe, desde “envenenamento” de endereços até cavalos de Troia em ofertas de emprego.

Já a Elliptic examinou os padrões de lavagem de criptoativos roubados através de pontes entre blockchains e plataformas mixers.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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