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Desde que o sol não suma com as chuvas, cana avançará sobre a atual, ainda longe da safra 20/21

30 dez 2022, 13:13 - atualizado em 30 dez 2022, 13:15
Cana
Cana conta com boas chuvas, mas também boa irradiação solar para garantir crescimento

Estão previstos em torno de 600 milímetros de chuvas no Centro-Sul, especialmente no Sudeste, de janeiro a março, concorrendo para solidificar o bom desenvolvimento da cana-de-açúcar se for confirmada uma boa distribuição e desde que a maior densidade do período ocorra do fim de tarde para a noite, sem bloqueios prolongadas da luz solar.

A recuperação em 23/24 se mantém está garantida, porém distante de duas safras atrás.

Por hora, não há um alerta sobre se aquelas duas condições, não ocorrendo, possam mitigar o efeito positivo das precipitações, além do mato competição e de fungos, que ocorrem normalmente, mas com manejo dentro do controle pelo produtor e usinas.

Não sai do radar do setor sucroenergético, no entanto, segundo o consultor Ricardo Pinto, como um ponto de observação tradicional em épocas como a atual, quando de uma primavera chuvosa se vai para um verão igual.

O volume de umidade esperado, para ele, está num ponto ideal. Daria uma média de 180 a 200 mm por mês, ou cerca de 6 mm.

O que não pode ocorrer é o excesso de dias muito nublados, uma vez que a cana necessita de radiação solar para a fotossíntese.

Também dias muitos abertos e com temperaturas seguidamente elevadas acima de 35 graus não é bom. O crescimento máximo da planta é abortado.

O meio termo, portanto, é o que se espera, garantindo, segundo o CEO da RP e Associados, caminho mais livre para a oferta de 23/24 se consolidar, a partir de abril, dentro de um intervalo de alta de 3% a 6%, ante 543 milhões de toneladas na qual ele bate o martelo no ciclo atual.

Na safra 21/22, consolidada em dados da Unica para o Centro-Sul, em abril último, a ocorrência de oferta atingiu 523,1 milhões/t, temporada de expressiva quebra sobe a anterior, que foi acima de 600 milhões/t.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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