Automob (AMOB3) salta 16% e Azul (AZUL4) lidera as perdas; veja os destaques do Ibovespa na semana

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O Ibovespa registrou leve alta de 0,29% na semana, com as atenções dos investidores divididas entre balanços e guerra comercial (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) operou em mais uma semana enxuta por feriado. Dessa vez, o Dia do Trabalhador na última quinta-feira (1º) drenou a liquidez do mercado, com as atenções divididas entre a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25) e as negociações sobre a política tarifária dos Estados Unidos com vários países.

O principal índice da bolsa brasileira acumulou leve alta de 0,29% nos últimos quatro pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (2) no nível dos 135 mil pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,65. Na semana, a divisa acumulou recuo de 0,58%.

No cenário doméstico, os investidores operaram na expectativa pela decisão sobre os juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana e divulga uma nova decisão sobre a Selic na quarta-feira (7).

No mercado de opções de Copom da B3, a precificação  mais recente aponta 62,50% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da taxa básica de juros, para 14,75%.

Entre os dados econômicos, o IPCA-15 subiu 0,43% em abril. A inflação acumula alta de 2,43% no ano e de 5,49% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Banco Central. Segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times, o dado veio pouco acima das expectativas do mercado.

No exterior, a guerra comercial continuou no centro das atenções. Na última sexta-feira (2), o Ministério do Comércio da China anunciou que está “avaliando” uma oferta dos EUA para manter conversações sobre as tarifas de 145% impostas pelo governo Trump sobre os produtos chineses.

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Em destaque, o índice norte-americano S&P 500 registrou a maior sequência de ganhos desde novembro de 2004, com nove altas diárias consecutivas. O FTSE 100, da bolsa de Londres, também renovou a maior sequência de avanços diários na história. 

Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por Automob (AMOB3). No início da semana, a companhia anunciou o grupamento de ações na proporção de 50 para 1, de modo que cada lote de 50 ações seja grupado em uma ação. A operação deve acontecer em 29 de maio. 

O grupamento não modificará o valor do capital social da Automob, que permanece no montante de pouco mais de R$ 2,5 bilhões.  Contudo, atualmente com 1,9 bilhões de ações, o montante passa a se dividir em 37.886.057 ações ordinárias.

A companhia, resultado de uma cisão da Vamos (VAMO3), já havia anunciado que um grupamento estava no radar. A medida teve aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária.

Prio (PRIO3) também ganhou destaque no Ibovespa (IBOV) com o anúncio da compra total da participação da Equinor pela Prio nos campos de Peregrino e Pitangola.

A junior oil comprou a participação total da Equinor —  equivalente a 60% da participação nos campos, tornando-se a única operadora e uma das maiores produtoras de petróleo do país. A Prio já tinha 40% de participação. 

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 28 de abril a 2 de maio: 

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Já a ponta negativa foi liderada por Azul (AZUL4). 

Na última quarta-feira (30), a companhia aérea anunciou um financiamento adicional de R$ 600 milhões junto a atuais credores. Os recursos extras foram concedidos após a empresa realizar, neste mês, uma oferta primária de ações que pretendia levantar até R$ 4,1 bilhões, mas que acabou obtendo apenas R$ 1,66 bilhão — o que gerou forte desvalorização nas ações da companhia nos últimos dias.

Veja as maiores quedas do Ibovespa na semana: