Destaques da Bolsa

Petrobras (PETR4) salta quase 11% e CVC (CVCB3) é a ação com pior desempenho; veja os destaques do Ibovespa na semana

14 jun 2025, 9:07 - atualizado em 13 jun 2025, 19:24
Day Trade, Investimentos, Mercados, Empresas
O Ibovespa encerrou a semana em alta e zerou as perdas do mês apoiado na disparada do petróleo; cenário fiscal seguiu no radar (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Na segunda semana de junho, os investidores concentraram as atenções no cenário fiscal com novos anúncios de aumento de arrecadação. Apesar da cautela doméstica, o Ibovespa (IBOV) zerou as perdas da semana anterior com apoio da disparada do petróleo em meio às negociações comerciais e escalada dos conflitos no Oriente Médio. 

O principal índice da bolsa brasileira acumulou alta de 0,82% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (13) no nível dos 137 mil pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,5417 e recuou 0,50% ante o real na semana.

No cenário doméstico, as discussões sobre as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continuaram a concentrar as atenções.

O governo apresentou um novo decreto de compensação do aumento IOF em conjunto com uma medida provisória (MP) de contenção de despesas. O novo pacote, porém, não trouxe novidades ao que já tinha sido apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A expectativa é de derrubada das medidas no Congresso Nacional. Na última quinta-feira (12), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar a urgência para votação de projeto de decreto legislativo que susta os efeitos do decreto do IOF.

Motta afirmou que “o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.

A votação da urgência em plenário está prevista para a próxima segunda-feira (16). Se aprovada, o projeto terá sua tramitação acelerada, podendo ser analisado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões.

Entre os dados econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em maio — uma desaceleração em relação à alta de 0,43% apurada em abril.

O resultado também ficou abaixo do esperado. A mediana das projeções coletadas pelo Money Times apontava uma alta de 0,34% no mês passado.

Em 12 meses, a inflação acumula alta de 5,32% — abaixo da expectativa de 5,40%.

De olho na próxima semana, o mercado segue com as apostas divididas entre a manutenção da Selic a 14,75% ao ano e uma elevação de 0,25 ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O colegiado se reúne entre a próxima terça-feira (17) e quarta-feira (188).

Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por  Petrobras (PETR3;PETR4). As ações da estatal ganharam força na esteira do petróleo e com a expectativa de dividendos.

No acumulado da semana, o petróleo Brent disparou cerca de 12%. Já na última quinta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo buscará distribuir dividendos extraordinários das estatais, como parte das estratégias para cumprir a meta fiscal em 2025.

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 2 e 6 de junho: 

CÓDIGO NOME VARIAÇÃO SEMANAL
PETR3 Petrobras ON 10,80%
PETR4 Petrobras PN 9,79%
RECV3 PetroReconcavo ON 7,31%
HYPE3 Hypera ON 6,96%
BRAV3 Brava Energia ON 5,75%
UGPA3 Ultrapar ON 4,94%
VBBR3 VIBRA energia ON 4,67%
LREN3 Lojas Renner ON 4,56%
SANB11 Santander Brasil units 3,72%
VIVT3 Telefônica Brasil ON 3,51%
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Já a ponta negativa foi liderada por CVC (CVCB3). Os papéis da companhia de turismo foram pressionadas pela escalada da aversão ao risco global, que esbarrou na abertura da curva de juros brasileira.

Veja as maiores quedas na semana:

CÓDIGO NOME VARIAÇÃO SEMANAL
CVCB3 CVC ON -9,06%
RADL3 RD Saúde ON -8,38%
USIM5 Usiminas PNA -7,92%
RAIZ4 Raízen ON -7,58%
IRBR3 IRB Re ON -7,36%
MGLU3 Magazine Luiza ON -5,89%
COGN3 Cogna ON -4,12%
AZZA3 Azzas 2154 S.A. -3,88%
B3SA3 B3 ON -3,83%
HAPV3 Hapvida ON -3,56%

Exterior

No exterior, a escalada das tensões no Oriente Médio abalou os mercados financeiros.

Na madrugada desta sexta-feira (13) — ainda noite de quinta-feira (12) no Brasil —  Israel fez ataques aéreos contra o Irã. Já no final da tarde de hoje (13), o Irã disparou mísseis em direção a Israel em resposta aos ataques.

Durante o dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que sabia dos planos de Israel. Ele ainda disse que o Irã perdeu a oportunidade de fazer um acordo nuclear com os Estados Unidos, mas agora pode ter outra chance de negociar sobre a questão.

Já no final da tarde, o Irã disparou mísseis em direção a Israel em resposta aos ataques e o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel de ter iniciado os ataques e de começar uma guerra.

Durante a semana, os investidores também reagiram a dados de inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano subiu 0,1% em maio, abaixo do esperado. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 2,4% — ainda acima da meta do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

Embora o CPI não seja a referência do Fed para inflação, o índice é uma parâmetro de ajustes do mercado para as apostas para a trajetória dos juros dos EUA. Após os dados, os agentes financeiros ampliaram as expectativas de que o BC norte-americano deve começar o afrouxamento monetário em setembro.

A expectativa é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano na próxima quarta-feira (18).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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