‘Destruição’ da Petrobras (PETR4) não acontecerá do dia para noite, diz gestor da Mantaro
Gestor da Mantaro Capital – casa que surgiu neste ano a partir da cisão da Pacífico -, Leonardo Rufino diz que segue comprado em Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3), mesmo com o uso político das empresas no centro do debate eleitoral.
No caso da petroleira, no pós-eleição a “destruição” teria que acontecer do dia para a noite para a ação não valer mais a pena, levando em conta a “assimetria brutal” dos preços, avalia – algo que o gestor diz considerar improvável.
“Se o governo quiser construir uma refinaria, vai demorar [para concretizar o plano]”, exemplifica o também sócio da casa com cerca de R$ 700 milhões sob gestão.
Rufino afirma que é maior o risco de alta do que de baixa para os papéis. “O mercado tem um pessimismo enorme com a vitória do [ex-presidente] Lula (PT), mas Lula não é Dilma [Rousseff]”.
Piora em PETR4 e BBAS3?
Para o gestor, uma eventual vitória do atual líder das pesquisas de intenção de voto não implicaria em uma “irracionalidade” na gestão das estatais – embora possa haver uma piora, pondera.
Ele diz que considera o presidente da República mais importante do que os mecanismos de proteção contra ingerência como a Lei das Estatais.
“O Lula não é chegado a arroubos”, afirma. “Se fosse Ciro [Gomes, do PDT] que estivesse à frente nas pesquisas, ação ficaria lá embaixo de qualquer forma”.
O gestor não vê mudanças na companhia em caso de vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo ele, o essencial sobre Petrobras e Banco do Brasil é que se tratam de estatais. “Sendo estatal, depende muito do governo [a atuação da companhia]”.
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