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Desvalorização do peso anima produtores da Argentina, mas possível aumento das ‘retenciones’ por Milei preocupa

14 dez 2023, 17:38 - atualizado em 14 dez 2023, 17:38
argentina retenciones
Governo do país quer estabelecer uma alíquota de 15% para todos os produtos de exportação da Argentina; confira (Imagem: Reuters/Stringer)

No fechamento da quarta-feira (14), os principais grãos negociados na Bolsa de Chicago (CBOT), como a sojamilho trigo recuaram após as novas medidas econômicas anunciadas pela Argentina.

De acordo com analistas da Safras & Mercado, a decisão do novo presidente da Argentina, Javier Milei, de desvalorizar a moeda local (peso), deve impulsionar as exportações de commodities do país, aumentando a competitividade com o produto norte-americano.

Para Leandro Gilio, professor e pesquisador especializado em agronegócio no Centro de Agronegócio Global do Insper, a desvalorização cambial é uma possibilidade de estímulo ao mercado exportador do país.

“As commodities, em um primeiro momento, tornam-se mais competitivas. Não era uma surpresa a desvalorização cambial, dado que as taxas eram mantidas de modo artificial. No entanto, a mudança brusca pode reverberar na economia do país”, explica.

Aumento das retenciones

Por outro lado, além da desvalorização, que seria inicialmente positiva para o setor, há um surpreendente rumor de elevação das taxas relacionadas às “retenciones“, política de restrição e taxação às exportações.

De acordo com o jornal argentino La Nacion, há um plano do Governo em estabelecer uma alíquota de 15% para todos os produtos de exportação da Argentina, o que irritou os produtores do país, que já esperavam um fim dos impostos.

“O mercado argentino esperava uma diminuição ou extinção das retenciones. No entanto, creio que a crise fiscal impede que isso seja implementado logo nesse início”, finaliza Gilio.

Ainda nesta quinta, a Argentina reabriu o registro para empresas agroexportadoras oficializarem as operações de comércio de grãos, após a desvalorização do peso.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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