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Deu para trás? Milei sinaliza novo aumento para taxas de exportações e irrita produtores; confira

28 dez 2023, 17:00 - atualizado em 29 dez 2023, 10:07
argentina commodities milei
Caso aprovada, as mudanças nas alíquotas de exportações sobre produtos agrícolas entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2024 (Montagem: Money Times)

De acordo com o jornal La Nacion, o presidente da Argentina, o autodenominado ultraliberal Javier Milei, inclui 664 artigos em uma lei do Congresso Nacional, que devem incidir sobre as exportações, conhecidas no país como retenciones

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Segundo o texto, todos os produtos que não contam com taxações, serão tributados em 15%. Assim, produtos que não eram taxados, passarão a contar com impostos.

Recentemente, a decisão de Milei de desvalorizar a moeda local (peso) foi vista por diversos analistas como algo que deve impulsionar as exportações de commodities do país, de forma a aumentar a competitividade com o produto norte-americano.

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No entanto, essa alíquota de 15% irrita os produtores do país, que esperavam, a partir das promessas de campanha de Milei, um fim dos impostos para as exportações.

“O mercado argentino esperava uma diminuição ou extinção das retenciones. No entanto, creio que a crise fiscal impede que isso seja implementado logo nesse início”, diz Leandro Gilio, professor e pesquisador especializado em agronegócio no Centro de Agronegócio Global do Insper.

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Vale lembrar que o país já elevou de 31% para 33% o imposto para a farinha e óleo de soja.

Decisão de Milei é criticada por entidades

O Conselho Agroindustrial Argentino (CAA) expressou descontentamento com o projeto de aumento para às exportações, justificando que este aumento vai contra os objetivos do governo para geração de empregos, produção e embarques.

“Embora a necessidade de alcançar o equilíbrio fiscal seja compartilhada, esse objetivo não será alcançado com o aumento de impostos sobre as economias agroindustriais regionais e outras cadeias de valor agroindustriais de exportação, como carne, pesca, complexo industrial de soja e trigo, entre outros”, disse o CAA em um comunicado.

O projeto também estabelece a modificação do sistema eleitoral por meio da eliminação das eleições primárias.

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Caso o Congresso Nacional aprove o projeto, as mudanças nas alíquotas de retenção de impostos sobre produtos agrícolas entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2024.

*Com Reuters

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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