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Exportações de carnes do Brasil devem ser beneficiadas por isenção de tarifa; confira

28 dez 2023, 11:52 - atualizado em 28 dez 2023, 11:52
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A lista de produtos que terão suas exportações beneficiadas inclui itens como carne de aves, carne suína, carne bovina, milho, arroz e ovos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebeu com entusiasmo o decreto de renovação, por mais um ano, do Pacote contra a Inflação e a Escassez (PACIC) no México, publicado na quarta-feira (27) pelo Presidente Andrés Manuel López Obrador.

A medida, que visa auxiliar no combate à inflação no país, isenta o imposto de importação aplicado para produtos que compõem o consumo das famílias mexicanas e tem se tornado um impulso para as exportações brasileiras, fortalecendo as relações comerciais entre os dois países.

A lista de produtos beneficiados pelo PACIC inclui itens como carne de aves, carne suína, carne bovina, milho, arroz e ovos – produtos nos quais o Brasil tem forte presença exportadora.

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Em 2023, o México se tornou o 5º principal parceiro comercial brasileiro, atrás da China, Estados Unidos, Argentina e União Europeia. Também neste ano, o México passou o Chile e o Paraguai, colocando-se como segundo principal destino das exportações agropecuárias brasileiras na América Latina.

A evolução deve-se, em grande parte, à implementação do PACIC em maio de 2022, que facilitou a entrada de produtos brasileiros no mercado mexicano, em especial no setor agropecuário, em razão da isenção temporária de impostos sobre importações de itens essenciais.

ABPA comemora decisão para as exportações

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a publicação de decreto do Governo do México com validade até 31 de dezembro de 2024.

Para se ter uma ideia, antes do programa, as tarifas de importação aos produtos brasileiros alcançavam 16% para carne suína e até 75% para carne de frango.

“Graças ao trabalho de excelência dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, o México se consolidou como um destino tradicional da carne de frango do Brasil e abriu as suas portas recentemente às importações de ovos e de carne suína. Apesar de entraves que se apresentaram recentemente à carne suína, e que esperamos que sejam superados em breve, há fortes expectativas em relação ao crescimento do papel brasileiro no apoio à segurança alimentar mexicana e em sua luta com a inflação dos alimentos”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Os dados de comércio entre janeiro e novembro de 2023 revelam que as exportações brasileiras agropecuárias para o México atingiram cerca de US$ 2,259 bilhões, sendo que mais de 90% desse valor corresponde a itens da lista de produtos beneficiados pelo pacote anti-inflacionário mexicano.

Com o PACIC, o Brasil passou a ser o segundo fornecedor de carne de aves ao mercado mexicano, e o México o décimo terceiro principal destino das exportações agropecuárias brasileiras, com participação de 1,7% no total exportado.

“Ao zerar as tarifas para a importação de produtos da cesta básica, entre os quais se incluem a carne de aves, a carne suína e os ovos, o Brasil mantém-se em igualdade de condições competitivas com tradicionais fornecedores para o mercado mexicano, tal como já ocorreu durante praticamente todo o ano de 2023. Isso seguramente possibilitará novas oportunidades de negócios para ambos os lados, especialmente no suprimento de produtos como peito e carne mecanicamente separada”, destacou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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