A versão do Deutsche Bank no caso Ambipar (AMBP3)

O Deutsche Bank afirmou nesta quarta-feira que os contratos de swaps realizados com a Ambipar (AMBP3), que pediu recuperação judicial nesta semana, foram realizados totalmente de acordo com os padrões da indústria e obrigações legais.
Os swaps foram o gatilho para que a Ambipar buscasse proteção contra credores no final de setembro, após o banco alemão passar a exigir garantias adicionais para empréstimos acertados pela companhia.
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Na ocasião, a Ambipar disse que cobrança de garantias adicionais não tinham “qualquer respaldo contratual” e criava risco “iminente e concreto” para a empresa pela possibilidade de outros credores declararem vencimento antecipado de dívida.
Na petição para a recuperação judicial, a Ambipar citou entre os fatores para a decisão “aditivos desastrosos em contratos de derivativos celebrados com o Deutsche Bank que transformaram instrumentos originariamente concebidos para proteger contra a variação cambial em contratos de derivativos especulativos (ou derivativos tóxicos), a exigir chamadas de margem do caixa jamais previstas”.
“Conforme declarado em nossas petições ao Poder Judiciário, os swaps foram firmados a pedido da empresa e o aditivo foi celebrado para ajudar a reduzir os custos de hedge da empresa”, afirmou o banco alemão em nota à imprensa nesta quarta-feira.
“Os termos do aditivo foram transparentes para a empresa, amplamente revisados por seus representantes legais, e o contrato foi assinado pelos diretores estatutários Thiago da Costa Silva e Luciana Freire Barca Nascimento”, acrescentou o banco citando o diretor de integração e finanças e a diretora adjunta da Ambipar.
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O Deutsche Bank também afirmou que as chamadas de margem solicitadas pelo banco foram motivadas principalmente pela variação cambial e de taxas de juros.
Nesta quarta-feira, as ações da Ambipar exibiam estabilidade no início dos negócios, cotadas a R$ 0,41.