Política

Diagnóstico de Covid de Trump abala Casa Branca e campanha

02 out 2020, 15:12 - atualizado em 02 out 2020, 15:12
Donald Trump
Autoridades da Casa Branca e do Congresso que estiveram com Trump, com a primeira-dama Melania Trump e seus contatos avaliam se também precisam ser testados para o vírus (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

O diagnóstico de coronavírus do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sacudiu Washington na sexta-feira e aumentou o caos de um ano eleitoral já frenético a um mês das eleições.

O presidente apresenta sintomas leves e trabalha na residência da Casa Branca, disse o chefe de gabinete Mark Meadows a repórteres na sexta-feira, acrescentando que Trump “continuará no posto”.

A notícia do teste positivo de Trump atingiu todos os cantos da capital e levantou questões sobre a audiência de confirmação de sua indicada à Suprema Corte, Amy Coney Barrett, se a Casa Branca e os democratas podem alcançar um acordo sobre o pacote de estímulo e até mesmo se um segundo debate presidencial ocorrerá em 15 de outubro.

Ao mesmo tempo, autoridades da Casa Branca e do Congresso que estiveram com Trump, com a primeira-dama Melania Trump e seus contatos avaliam se também precisam ser testados para o vírus que matou mais de 200 mil pessoas nos EUA.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, testaram negativo na sexta-feira, disseram seus porta-vozes. Jared Kushner, genro e assessor sênior de Trump, e Ivanka Trump, filha do presidente, além de Meadows também testaram negativo na sexta-feira.

Meadows, em conversa com repórteres na sexta-feira na Casa Branca, disse que toda a equipe principal foi testada e “outras pessoas na Casa Branca certamente terão resultado positivo”.

Trump foi testado e recebeu o diagnóstico após uma de suas assessoras mais próximas, Hope Hicks, ter dado positivo para a Covid-19. Ronna McDaniel, presidente do Comitê Nacional Republicano, também testou positivo na quarta-feira. Ela esteve pela última vez com Trump na sexta-feira passada.

Assessores da campanha de Biden – que dividiu o palco na terça-feira com Trump no debate em Cleveland, onde poucos na comitiva do presidente usavam máscaras – souberam da exposição de Trump apenas pela mídia, disse uma pessoa a par do assunto. Biden testou negativo para o vírus na sexta-feira.

Apenas um pequeno círculo de pessoas sabia que Hicks havia testado positivo, e a equipe sênior esperava manter a informação sob sigilo, disseram duas pessoas. A secretária de imprensa Kayleigh McEnany realizou uma conferência com repórteres da Casa Branca na quinta-feira, mas pessoas próximas disseram que ela não sabia do teste positivo de Hicks.

Se Trump ficar incapacitado, a 25ª Emenda da Constituição dos EUA, que permite que o vice-presidente assuma o poder, poderia ser aplicada. Mas, por enquanto, o presidente pode descansar e trabalhar na residência da Casa Branca, disseram pessoas a par do assunto.

Barrett, que esteve com o presidente no sábado em uma cerimônia na Casa Branca para sua indicação, deu negativo, disse uma pessoa. Um porta-voz do Comitê Judiciário do Senado disse que sua audiência de confirmação continua no cronograma.

Trump também se une a outros líderes mundiais que testaram positivo para o vírus, como o presidente Jair Bolsonaro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández. Todos se recuperaram, embora Johnson tenha ficado gravemente doente.

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