Política

Diante de reação negativa, auxílio a caminhoneiros pode ser abandonado, diz Tarcísio

27 out 2021, 17:47 - atualizado em 27 out 2021, 17:47
Segundo o ministro, o governo tem tomado as medidas possíveis e tem explicado sua “limitação” em enfrentar “alguns problemas”. (Imagem: Flickr/ Ricardo Botelho/MInfra)

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quarta-feira que o governo pode desistir da ideia de conceder um auxílio de 400 reais a caminhoneiros, após reação negativa da categoria.

Tarcísio disse ainda, em entrevista à Joven Pan, que a paralisação dos caminhoneiros anunciada para o dia 1º de novembro não deve ter grande mobilização.

“Pode acabar sendo abandonada”, disse o ministro, questionado sobre a ideia do auxílio de 400 reais.

“A gente não sabe. Houve uma reação negativa da categoria. Entendo que essa reação negativa da categoria pode fazer com que o auxílio simplesmente não aconteça”, afirmou.

Tarcísio reconheceu que os 400 reais renderiam pouco em combustível ou em capacidade de rodagem, mas ponderou que para muitos dos caminhoneiros autônomos o auxílio poderia oferecer um acréscimo proporcionalmente significativo da renda.

Argumentou, ainda, que era um esforço fiscal que o governo estava disposto a fazer.

Sobre a paralisação prevista para novembro, o ministro sustentou que a categoria não tem uma posição unificada e destacou que tem conversado com os caminhoneiros. Afirmou, no entanto, que o fato de as lideranças serem difusas dificulta o processo.

“A gente percebe uma clara divisão, muita gente querendo trabalhar porque o mercado está aquecido. Estamos em um momento de preparo para a safra, muita gente trabalhando, porque é um momento de levar renda para casa”, argumentou.

Segundo o ministro, o governo tem tomado as medidas possíveis e tem explicado sua “limitação” em enfrentar “alguns problemas”.

“Então, não acredito em um grande movimento (de paralisação). A gente vai superar isso tranquilamente, não há motivo para preocupação”, acrescentou.

Representantes de caminhoneiros decidiram pelo estado de greve após os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis.

reuters@moneytimes.com.br