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Dilema do produtor na insolucionável vaca louca: se vender, prejuízo; se segurar, prejuízo até duplo

01 out 2021, 10:03 - atualizado em 01 out 2021, 10:13
Boi Gordo Carnes Agronegócio
Boi no curral também dobra prejuízo, principalmente se for animal castrado ou inteiro, mas velho (Imagem: Reprodução/Embrapa)

Se o produtor vender gado agora, vai tomar prejuízo na certa. Se segurar mais tempo os animais acabados, o prejuízo acaba sendo duplo.

A situação se complica com os quase 30 dias de paralisação das exportações de carne bovina à China, depois dos dois casos de vaca louca atípica em Minas e Mato Grosso.

E até dia 7 não deverá se ter nenhuma novidade, já que o feriadão chinês, em comemoração à instauração do comunismo, para tudo.

Os frigoríficos têm pouca necessidade de bois, diante do mercado interno e os externos sem os mesmos volumes chineses, e ainda contam com o estoque disponível aumentando.

No físico, o boi em São Paulo recuou até R$ 15 a @, ficando na média de R$ 290 a R$ 293; na B3 (B3SA3), o contrato de dezembro derreteu para R$ 296,45%, perdendo mais 0,20% desde a quinta (30).

Não tem pasto ainda. Então, tem que levar para o cocho. E os custos se avolumam, com as rações e suplementos. Juca Alves, de Barretos, mandou até vaca parida para o confinamento

O segundo prejuízo vem se são bois castrados. Como lembra o produtor, são animais que atingem mas rápido o peso e depois não tem como segurá-los mais sem perder dinheiro.

E se são bois inteiros, melhor se forem jovens, porque o ritmo de crescimento fica alinhado com o manejo no curral.

Mas se for gado mais velho, também vai se desvalorizando.

“O jeito daqui para frente vai ser trabalhar bem a reposição”, diz Alves, complementando que esse período está sendo um dos mais desafiadores para a pecuária.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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