Direcional (DIRR3): Itaú BBA faz reunião com CFO e muda preço-alvo da ação
A equipe do Itaú BBA reiterou a recomendação outperform, equivalente à compra, para as ações da Direcional (DIRR3), com preço-alvo de R$ 19,70.
O valor representa um potencial de valorização de 22% em relação à cotação atual de R$ 16,15. Acompanhe em tempo real.
Recuperação à vista
Em relatório, o banco destaca que realizou uma reunião (NDR) com Paulo Sousa e André Damião, CFO e responsável pela relação com investidores da Direcional, respectivamente, para entender os próximos passos da construtora.
Segundo o BBA, a administração da companhia segue otimista com a demanda tanto no Minha Casa, Minha Vida (MCMV) quanto nas operações de média renda pela subsidiária Riva, esperando que as vendas acelerem no quarto trimestre (4T25).
“O CFO espera que o fluxo de caixa operacional se fortaleça nos próximos meses, com os projetos da Pode Entrar avançando na construção e se aproximando da entrega, contribuindo para o caixa”, diz o Itaú.
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O relatório aponta que as vendas foram fracas em julho e agosto, mas apresentaram forte recuperação em setembro, criando um cenário positivo para os próximos trimestres.
Apoiadas por esforços de marketing, a construtora espera números sólidos para outubro e um desempenho ainda melhor em novembro.
Além disso, a possível isenção de imposto de renda para pessoas físicas com renda de até R$ 5 mil por mês deve aumentar ainda mais a demanda no MCMV Faixas 2 e 3, ampliando o grupo de compradores elegíveis.
Vale lembrar que o projeto que trata da isenção foi aprovado na Câmara dos Deputados no início de outubro e agora é analisado pelo Senado.
Outro ponto destacado pelo Itaú BBA é que a venda da participação restante de 5% na Riva por R$ 151 milhões deve aumentar a liquidez da Direcional e permitir até a antecipação de distribuições de dividendos.
Expansão
A companhia também vê espaço para expandir suas operações em todas as regiões do país, mantendo fortes margens brutas.
Ao Itaú, o CFO da empresa afirmou que Belo Horizonte, Manaus e Brasília apresentam alta velocidade de vendas e retornos robustos, embora sejam mercados maduros e com crescimento limitado.
Já São Paulo segue competitivo, mas oferece oportunidades de alto retorno, apoiadas por um Plano Diretor “favorável” e novas parcerias com incorporadoras locais.
Em contrapartida, o relatório aponta que Rio de Janeiro e Nordeste ainda estão atrasados, mas a construtora enxerga grande potencial de expansão, especialmente no Nordeste, devido à joint venture com a Moura Dubeux (MDNE3).
- Veja aqui a entrevista completa: CEOs explicam como Moura Dubeux e Direcional vão ocupar espaço no “Minha Casa” no Nordeste