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Direto de Cannes: Target – diversidade e inclusão

18 jun 2019, 17:17 - atualizado em 18 jun 2019, 17:41

Por Giovanna Ricci – Jornalista com expertise em propaganda há mais de uma década em grandes agências

Um tema amplo e que tem sido amplamente discutido não poderia ficar de fora dos painéis do festival de criatividade mais importante do mundo. A Target, varejista norte americana, promoveu a palestra mais legal do primeiro dia. A marca trouxe inclusão e diversidade ao falar sobre “design for all”.

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Algo simples, significativo e raro. A varejista que tem como objetivo criar um espaço para todo mundo, mas todo mundo mesmo, começou a palestra dizendo que “branding is not a marketing campaign” e que “believe” e “behavior” é que fazem a marca. Daí em diante ganhou meu coração e minha confiança.

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Para tornar crível e real, apresentou a Cat & Jack, uma marca que tem 2 anos e meio e foi criada para atender a máxima do “design for all”. São roupas acessíveis, que vestem todas as crianças. Não tem zíper, nem etiqueta. Querem levar conforto para todos. Mas o que isso tem de diferente? TUDO!

Palestra da Target, varejista norte americana (Imagem: Giovanna Ricci)

Imagina uma mãe que tem um filho com algum tipo de inacessibilidade. Agora pensa na dificuldade de encontrar peças para essa criança usar. Eu me conectei de imediato com a mensagem, muito por uma experiência pessoal. Há alguns anos me aventurei em desenvolver moda para criança, fazia tutus, aquelas saias de tule de bailarina.

Uma mãe de uma criança que usava cadeira de rodas me perguntou se eu poderia criar um tutu especial, que fosse uma espécie de avental, porque a saia convencional subia quando a garotinha sentava na cadeira de rodas e se tornava muito desconfortável. A menina ia para a Disney e também queria se fantasiar. Eu criei essa peça para ela e a emoção que nos duas sentimos foi indescritível.

Agora imagina uma marca do tamanho da Target criando peças acessíveis para milhares de crianças com limitações? É isso que a varejista se propôs. Para eles, fazer parte dessa conversa, mostra o poder do tema e faz a marca ir em frente.

E por quem foram inspirados? Pelas mães e suas necessidades. Consumidores e funcionários que tinham essa demanda e que hoje se veem representados. Afinal, uma marca de varejo é um lugar que deve ser inclusivo, para todos.

O desafio então passou a ser “soul at scale”. Como expandir e estar disponível para atender mais pessoas? Como criar mais momento de identificação?

No final, conclui-se que os resultados e o propósito da marca, sem dúvidas estão além das expectativas.  E como fazer parte desse movimento? Contratando, abrindo espaços, incluindo!

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