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Dispara e volta: teto para o açúcar em NY está chegando por exportações da Índia

05 ago 2021, 15:42 - atualizado em 05 ago 2021, 15:46
Cana-de-açúcar
Índia carrega muito estoque de açúcar e e consegue escoar acima da cota subsidiada ante preços atuais (Imagem: Reuters/Rajendra Jadhav)

Quem olha a disparada do açúcar em Nova York nesta quinta (5) e linca com a percepção do mercado de que a quebra da cana no Brasil será mais forte do que o visto antes das geadas, deve acreditar que a commodity ainda não tem teto. Só que não.

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Para o último contrato do ano, o outubro, está chegando. Fica ali por volta dos 18,70 ou 18,80, centavos de dólar por libra-peso, de acordo com o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercado.

O vencimento fechou em 18,62 c/lp, sob valorização de 0,69 pontos, em torno 3,90%.

O máximo que o açúcar pode alcançar é reflexo das exportações maiores da Índia, na medida em que as cotações estão bem acima dos 17,50 c/lp e os produtores indianos conseguem vender mais além da cota subsidiada pelo governo, analisa Muruci, o único que tem tocado neste ponto.

As altas, portanto, como as de hoje, se limitam por essa frenagem natural da maior oferta indiana.

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Bate perto do teto e volta, embora acabará sendo chamado pelo mercado de realização de lucro.

Com base no consumo interno mais reduzido pela alta da covid, para 26 milhões de toneladas, ainda que o período mais agudo tenha diminuído nas últimas semanas, a Safras enxerga 14 milhões/t de estoques na safra recém concluída e 16 milhões/t na próxima, enquanto o USDA projeta produção de açúcar no país em 34,7 milhões/t.

Mas que pode ser maior, acrescenta Muruci: as monções estão com chuvas acima da média.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.