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Dissecando sua criptomoeda: Avalanche (AVAX) chama atenção com crescimento da rede e novos projetos; é hora de comprar?

20 jun 2025, 9:00 - atualizado em 17 jun 2025, 10:11
Avalanche Omni-chain
(Imagem: Medium/Avalanche)

A criptomoeda Avalanche (AVAX) está passando por maus momentos no que diz respeito às cotações. Com uma queda acumulada de mais de 46% no ano, é difícil dizer que há um otimismo quando o tema é esse projeto — mas os bons olhos se voltam para ele mesmo assim. 

Apesar de não ter uma recomendação direta de compra de AVAX, os analistas destacam que o protocolo está presente em diversos projetos importantes para o futuro do setor de finanças descentralizadas (DeFi).

Além de atualizações e aumento expressivo da atividade em rede, impulsionada por negociações de stablecoins e novos protocolos personalizados, a Avalanche também fez alguns anúncios de peso, a saber: 

  • A FIFA vai lançar uma blockchain de primeira camada própria para NFTs na rede da AVAX;
  • A Balcony vai tokenizar cerca de US$ 240 bilhões em imóveis via Avalanche;
  • A VanEck, gestora com mais de US$ 85 bilhões em ativos, está preparando um fundo exclusivo para o ecossistema;
  • A Ava Labs, divisão de desenvolvimento da Avalanche, revelou uma L1 com integração de inteligência artificial (IA), com Agentes inteligentes (AI Agents) acionados por transações.

Leia a seguir sobre essa criptomoeda no dissecando sua cripto de hoje:

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Avalanche (AVAX): Quem é e o que faz

De acordo com os analistas da Mercurius Research, a Avalanche foi uma das blockchains que mais se destacou no último ciclo de alta (bull market) por trazer uma proposta inovadora para a disputa entre redes de primeira camada (Layer 1 ou L1).

Essa “guerra de L1” nada mais é do que uma disputa para saber qual blockchain seria o terreno escolhido para a construção de novos projetos.

Assim, a Avalanche se destaca por ter uma infraestrutura tripla de blockchain (ou triple chain), formada pela X-Chain, C-Chain e P-Chain. “Funciona como um grande condomínio onde cada casa é uma blockchain independente”, comentam os analistas. 

Uma atualização recente tornou esse “condomínio” ainda mais acessível: novas blockchains já não precisam validar a rede principal nem depositar duas mil unidades AVAX (cerca de US$ 3.800) para construir protocolos, o que reduziu os custos e facilitou a entrada de novos construtores ao ecossistema da Avalanche.

Em outras palavras, ficou mais barato construir e pagar por esse condomínio. 

“O setor de games ainda se mantém predominante na Avalanche, sendo um fruto de um investimento direto no setor, com a criação do fundo Multiverse, de US$ 290 milhões, no último ciclo”, comentam os analistas.

Contudo, o cenário está começando a se diversificar rapidamente, com o ecossistema buscando se expandir para outras narrativas como inteligência artificial e tokenização de ativos do mundo real (RWAs).

Um empurrãozinho das stablecoins

Segundo o levantamento feito pelo portal Coin Metrics, quem também auxiliou na volta da “ocupação” da Avalanche foi o aumento das transações de baixo valor (menores do que US$ 10) em stablecoins. Mais especificamente, em USDC (USDC)

Assim, as negociações na C-Chain (que serve como o centro para execução de contratos inteligentes e liquidez, operando em um ambiente de Ethereum Virtual Machine, ou EVM) aumentaram de aproximadamente 250 mil para quase 1,2 milhão em junho. 

Isso porque a atualização Etna de dezembro de 2024 reduziu as taxas médias de transação na C-Chain em mais de 90%, além de diminuir os custos do validador, ajudando a impulsionar a atividade on-chain e facilitando o lançamento de L1s personalizadas, focadas em jogos, redes sociais descentralizadas e empresas.

Comprar, vender ou manter Avalanche (AVAX)?

Tanto os analistas da Mercurius quanto da Coin Metrics não fazem uma recomendação aberta para o token AVAX. Vale dizer que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e o investidor deve manter uma parcela responsável dos seus recursos em ativos digitais. 

No entanto, a perspectiva para a rede é positiva. Contudo, os analistas destacam que os os próximos meses serão decisivos para entender se o crescimento representa uma recuperação sólida ou apenas um fôlego temporário.

Também é destacado que o crescimento não é a única métrica a ser observada, o protocolo também precisa converter essa expansão em valor real para sua base de usuários. Leia mais aqui sobre as perspectivas de uma altseason.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.