Dividendo de quase 10%: BB vê oportunidade em fundo imobiliário de lajes — veja qual

O BB Investimentos reforçou sua visão positiva para o fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), destacando que o atual nível de desconto das cotas representa uma oportunidade atrativa, tanto para geração de renda quanto para ganho de capital.
Em relatório, a instituição ressaltou que o FII possui ativos de qualidade e uma diversificação relevante de contratos, além de ter apresentado, recentemente, um avanço operacional, impulsionado pela recuperação do segmento de lajes corporativas como um todo.
A casa relembrou que o fundo enfrentava uma vacância elevada e dificuldades com alguns inquilinos, como a WeWork — fatores que pressionaram as cotas no mercado secundário. Atualmente, elas são negociadas, segundo o BB, com um desconto significativo em relação ao valor patrimonial, com P/VP de 0,62.
Vacância baixa e projeção de dividendos
A instituição destacou também que o RCRB11 conta com 53 inquilinos, vacância física baixa, de apenas 0,8%, e vacância financeira de 13,3%, “que ainda limita a geração de receita no curto prazo”.
No entanto, conforme anunciado no último relatório gerencial, considerando as entradas e saídas já contratadas, a expectativa é de redução nas carências e descontos até o fim de 2026. Com isso, há projeções de dividendos entre R$ 0,83 (yield de 7,9% em 12 meses) e R$ 1,03 (yield de 9,9%) no segundo semestre de 2025.
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Além dessa tendência positiva em relação aos rendimentos, o BB reforçou ainda que a Rio Bravo busca avançar em duas frentes:
- Renovação de contratos, com potencial de aumento de quase 15% nos preços em 18% da área locável do fundo;
- E alienação de ativos por, no mínimo, o valor de avaliação, o que poderia destravar cerca de R$ 7,00 por cota em lucro.
Ativos bem localizados
Desde seu IPO, em 2003, o RCRB11 acumula um patrimônio líquido de quase R$ 750 milhões, com participação de 0,33% no IFIX.
Os recursos estão distribuídos em mais de 43 mil m² de área bruta locável (ABL), divididos entre nove imóveis localizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

De modo geral, na visão do BB, os ativos são bem posicionados e possuem classificações que variam de C a AA, segundo a Buildings.
O destaque, de acordo com a casa, vai para o JK Financial Center, que está localizado no Itaim Bibi (SP) e é responsável por 38% da receita do FII.
Outro imóvel relevante é o Bravo Paulista, adquirido em 2020, que passou por reformas e tem apresentado bom desempenho nas locações, impulsionado por uma estratégia comercial agressiva pelo modelo ‘Plug & Play’, no qual o inquilino recebe o espaço pronto para uso.
Nem tudo são flores
Em contrapartida, o banco alertou para a alavancagem de 13% do fundo, com pagamento mensal de juros e amortização.
Além disso, destacou que o FII possui um ativo monoinquilino no centro do Rio de Janeiro, região marcada por alta vacância, excesso de oferta e preços pressionados, o que dificulta a reposição do locatário em caso de saída.