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Dividendos desta elétrica devem ‘minguar’, alerta analista; veja o que fazer com a ação

17 maio 2024, 16:41 - atualizado em 17 maio 2024, 16:41
dividendos auren
Analistas da Genial Investimentos avaliam que dividendos da Auren devem minguar (Imagem: Getty Images/Canva Pro)

A Genial Investimentos avalia que os dividendos da Auren (AURE3) devem minguar, após o anúncio de incorporação dos ativos da AES Brasil (AESB3).

Os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues, que assinam relatório divulgado na quinta-feira (16), avaliam, sob premissas realistas, que a alavancagem inicial deve ficar acima de 5x Dívida Líquida/Ebtida, com desalavancagem gradual ao longo dos próximos anos até o nível esperado de 3,0x-3,5x.

“Como o management foi muito vocal no continuísmo para o pagamento de dividendos, acreditamos que ele vá acontecer considerando o patamar mínimo regulatório (25% do lucro líquido da nova empresa). Considerando os dados proforma apresentados, estimamos um rendimento de apenas 2% em relação aos preços de mercado da nova empresa a ser formada”, explicam

Os analistas destacam que essa estimativa é extremamente subestimada por considerar os lucros contábeis a serem entregues nos próximos anos pelas empresas, enquanto a Auren, em geral, tem distribuído seus dividendos usando a sua geração de caixa como proxy.

O que fazer com as ações?

Os analistas avaliam que, ao menos no curto prazo, os termos apresentados pela Auren tendem a beneficiar os acionistas da AESB3 em relação a AURE3, tendo em vista o prêmio oferecido pelo ativo.

“O preço a ser pago em caixa de R$11,55/ação fica praticamente em linha com o nosso preço-justo para o papel (R$11,7/ação). Sendo assim, recomendamos a venda das ações da AESB3, sem necessariamente esperar a conclusão da operação”, defendem.

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Sobre as ações de Auren, a Genial alterou a indicação para manter, apontando uma oportunidade interessante para que os acionistas da AESB3 migrem para uma plataforma que julgam mais robusta em termos de porte, com apropriação de sinergias, maior diversificação de fontes geradoras, redução do custo de capital, um controlador com bom histórico de gestão nesse tipo de ativo.

Como aspecto negativo, apontam o prêmio pago pelo ativo — restando pouco upside a ser apropriado via sinergias –, múltiplo resultante e pela mudança da tese da empresa.

Se considerado o endividamento resultante dessa operação, avaliam que a empresa não deve mais ser interpretada como um case de dividendos e passe a focar no seu turnaround/sinergias e desalavancagem.

“Estamos aproveitando a oportunidade para ajustar nosso preço-alvo para R$15/ação da AURE3 tendo em vista o próprio valuation implícito proposto pelo management da Auren nesse processo de incorporação”, concluem.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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